Cotidiano
Educação amplia o mundo das crianças usando símbolos de turma
O uso dos símbolos faz parte de uma importante didática na Educação Infantil
Mario Martins | 23 de dezembro de 2022 - 02:37

Pode ser um animal como a formiga, o camelo, gato, cachorro
ou dinossauro; um objeto, como o guarda-sol, bola; uma planta, como cogumelo,
girassol; uma profissão como astronauta ou professor. Estes símbolos não estão
por acaso nas portas de cada sala da Educação Infantil, nos Centros Municipais
de Educação Infantil, em Ponta Grossa. Por meio deles as crianças
se desenvolvem, estudando cada detalhe daquele personagem, abrindo seus
horizontes para o mundo.
O uso dos símbolos faz parte de uma importante didática na Educação Infantil, na qual as professoras fazem uso de um elemento para, a partir dele, iniciar uma investigação com a criança sobre tudo o que a cerca - trabalho que pode continuar em casa, com a família.

A escolha
No início de cada ano letivo, a professora da turma reúne os
alunos e, por meio de uma assembleia, faz a eleição do símbolo da turma,
conversando com as crianças, explica a coordenadora da Educação Infantil da
Secretaria Municipal de Educação, professora Daniele Jonko. “Nesta interação,
que é totalmente livre, as crianças falam sobre as coisas que conhecem e
gostam, para depois fazer uma eleição. Aí começa o interesse da turma por esse
símbolo, que ao longo do ano serve como guia de uma série de atividades”,
explica. Além do símbolo coletivo, cada criança também elege o seu símbolo
individual.
O aprendizado das crianças é visível ao longo do ano. No CMEI Itamara Aparecida Alves de Almeida, no Núcleo Costa Rica, em Uvaranas, as crianças demonstraram seu conhecimento durante a ‘Feira dos Símbolos’. “Nosso CMEI possui oito turmas, cada uma com um símbolo diferente: cavalo, abelha, pinguim, borboleta, cachorro, leão, praia e cogumelo. Cada um deles foi utilizado pelos professores para falar aos alunos sobre alimentação saudável, geografia, história, ciências, língua portuguesa, matemática e muito mais, sempre a partir do significado daquele símbolo”, conta a diretora Larissa Duque.

Explorando com a família
Suelen Braga Rocha, mãe da aluna Maria Júlia, do Infantil V,
acredita que a filha teve uma experiência transformadora, como a das borboletas
que estudou em sala. “Foi muito lindo, eles aprendem, levam para casa para a
gente ajudar. É um vínculo que o CMEI cria entre a família e a escola. Então a
feira é uma oportunidade de vir ver o trabalho dos alunos, o CMEI é muito bom”,
afima ela.
O símbolo da filha também é a borboleta. “A gente vai
aprendendo juntas, coisas que não sabíamos. De que a borboleta se alimenta,
onde vive. Ela se desenvolveu muito e se tornou uma menina desinibida, que
conversa. Esse tipo de trabalho que é feito na escola faz com que eles aprendam
isso, a falar em público. Ela está saindo do casulo, vai trocar de escola e vai
ficar para ela todo o aprendizado que teve aqui no CMEI”, acredita Suelen.