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Fechado há um ano, acervo de museu será inventariado

Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Aristides Spósito vive hoje em Curitiba, em uma clínica de repouso

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Quem já precisou saber da história de Ponta Grossa para alguma pesquisa científica ou, simplesmente, para matar a curiosidade sobre a cidade onde vive, tinha em Aristides Spósito uma fortaleza.

Mesmo com dificuldades na visão e audição, hoje com 78 anos de idade, ele sempre estava à disposição para um passeio repleto de detalhes pelo acervo do “Museu Época”, instalado em um casarão, na Praça Roosevelt, atrás da Catedral Santana. No entanto, há mais de um ano, o espaço que já recebeu inúmeras escolas, alunos e turistas de forma gratuita está fechado. Pelos três portões de ferro passam agora apenas os vigilantes de uma empresa responsável por fazer a segurança do local. As histórias contadas pela voz rouca e firme, deram lugar ao barulho das folhagens que se multiplicam no jardim e ao cantar de alguns pássaros.

Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fevereiro do ano passado, Spósito ficou internado no município até ser transferido para uma casa de repouso em Curitiba, onde atualmente vivem quatro dos cinco filhos que possui. A única filha que permanece em Ponta Grossa é a que foi fruto do seu segundo casamento. 

Querido pelos vizinhos e moradores de Ponta Grossa que sempre contribuíram com doações para o acervo do museu, o fechamento do local pegou muita gente de surpresa. No site da Prefeitura um alerta em amarelo avisa aos turistas da impossibilidade de visitação.

A equipe de reportagem do Jornal da Manhã manteve contato com pessoas ligadas a Spósito. Informações repassadas dão conta de que fisicamente ele vem apresentando melhoras significativas. Apesar disso, a parte mental ainda sofre com os danos provocados pela interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro. De acordo com os relatos, mesmo estando na capital do Estado, Spósito acredita estar vivendo no ambiente que ele ajudou a construir: o “Museu Época”. O comprometimento das faculdades mentais fez, inclusive, que um processo de interdição fosse aberto em relação a ele.

Nesta tramitação, que pode ser consultada publicamente, consta que mesmo existindo um registro das peças que compõem o museu, o acervo deverá passar por um inventário. Acredita-se que são aproximadamente 15 mil peças. Entre os destaques do acervo estão uma coleção de moedas antigas, com destaque para duas de ouro, datadas de 1720, e espadas utilizadas na Guerra do Paraguai. Completam a coleção rádios, armas, fotos, diversos telefones, móveis e outros objetos de igual valor histórico

Prédio histórico

Inaugurado em 15 de setembro de 1922, o casarão sede do Museu Época foi construído por volta de 1880, em estilo de art–nouveau.  Foi antiga residência de figuras políticas ilustres na história da cidade, como Bonifácio Vilela e Vicente Machado.

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