Dupla de grupo neonazista é condenada a 30 anos de prisão por matar casal em Curitiba
O julgamento começou na quinta-feira (20) e foi encerrado na madrugada deste domingo (23), no Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul
Publicado: 24/03/2025, 16:33

Depois de 16 anos do crime, Jairo Maciel Fisher e João Guilherme Correa foram condenados a mais de 30 anos de prisão pela morte do casal Bernardo Pedroso e Renata Ferreira. O crime aconteceu em 2009, em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A motivação estava ligada a uma disputa de liderança de um grupo neonazista.
Além da dupla condenada, outros dois foram julgados, e foram absolvidos pelo Tribunal do Júri.
Jairo Maciel Fischer foi condenado a 32 anos, 3 meses e 15 dias de prisão e João Guilherme Correa recebeu a pena de 35 anos, 2 meses e 15 dias. A prisão de ambos foi determinada imediatamente após a leitura da sentença.
Jairo foi encaminhado direto para o sistema prisional. João alegou problemas médicos e foi julgado à revelia.
O julgamento começou na quinta-feira (20) e foi encerrado na madrugada deste domingo (23), no Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na RMC.
Disputa de liderança de grupo neonazista
Em 2009, os condenados agiram a mando de outro réu, que vai ser julgado em maio, para matar o casal Bernardo e Renata. Em uma festa, em Campina Grande do Sul, um grupo comemorava os 120 anos de Adolf Hitler.
Naquela noite, o casal foi convencido a ir para longe da festa, e saíram na BR-116 sentido Curitiba. No veículo deles estava um dos denunciados, e outro denunciado acompanhava eles em outro veículo. Eles foram obrigados pelo outro carro a parar, e então, foram mortos a tiros de pistolas.
O homem apontado como mandante dos assassinatos tinha 34 anos na data do crime e mora no estado de São Paulo. O julgamento dele pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul está previsto para ocorrer no dia 22 de maio deste ano.
Um dos executores morreu no curso do processo. Ao longo dos quase 16 anos de tramitação da ação penal, alguns dos investigados chegaram a ser presos e tiverem marcado o julgamento, mas houve sucessivos adiamentos.
Com informações de Banda B, parceira do Portal aRede.