'É possível gerar vidas saudáveis', conta mãe de 4 filhos que tem HIV | aRede
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'É possível gerar vidas saudáveis', conta mãe de 4 filhos que tem HIV

Avanços médicos, carga viral indetectável e técnicas modernas permitem que pessoas com HIV tenham filhos com segurança

Família reunida posa para foto
Família reunida posa para foto -

João Victor

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Durante muitos anos, o diagnóstico do HIV foi visto como uma barreira definitiva para quem desejava ter filhos. O medo da transmissão para o bebê, o estigma social e a falta de informação afastaram muitas pessoas do direito ao planejamento familiar.

Mas a ciência mudou esse cenário. Hoje, com carga viral indetectável, acompanhamento médico e técnicas modernas de reprodução assistida, a gestação tornou-se uma possibilidade real, segura e cada vez mais comum para pessoas soropositivas.

Segundo especialistas, conceitos como o indetectável = intransmissível (I=I) e métodos como fertilização in vitro, inseminação intrauterina e lavagem seminal abriram caminho para que famílias fossem formadas com risco mínimo de transmissão.

Em muitos centros brasileiros, quando a gestante vive com HIV e segue o tratamento corretamente, as chances de transmissão vertical ficam abaixo de 1%, algo impensável décadas atrás.

Entre as histórias que mostram a força desses avanços está a de Jessica Rodrigues Mattar, 34 anos, moradora de Juiz de Fora (MG), que vive com HIV e é mãe de quatro filhos — dois deles concebidos após o diagnóstico.

Jessica descobriu o HIV em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Ela havia ficado internada por 30 dias devido a uma hemorragia intensa que parecia menstruação, quando suas plaquetas chegaram a apenas 15 mil, quando o normal é entre 150 mil e 450 mil.

“Desconfiavam de leucemia, púrpura, lúpus… eu pesquisava sintomas no Google e o HIV aparecia. Perguntei se tinham feito exame e não tinham. Fiquei com medo, mas tomei coragem de fazer”, lembra.

Mãe de Isadora, 16 anos, e Isabella, 13, Jéssica tem uma rotina puxada entre o trabalho na internet e os cuidados com a casa. O diagnóstico trouxe medo, especialmente a dúvida sobre ter transmitido o vírus a parceiros anteriores. “Entrei em contato com todos, graças a Deus deu negativo. Minha dúvida maior era se eu iria viver bem”, lembra.

O início do tratamento foi o período de negação e adaptação, mas o resultado veio rápido: com dois meses, ela já estava indetectável, condição que mantém até hoje. Foi nesse contexto que, sem planejamento, veio o primeiro bebê após o diagnóstico.

Leia a matéria completa no Portal Metrópoles

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