Agronegócio brasileiro exporta US$ 14 bi em setembro e registra recorde histórico
Já são US$ 126,6 bilhões em exportações no ano; número é puxado por carnes suína e bovina
Publicado: 13/10/2025, 15:11

O agronegócio brasileiro fez mais uma vez história e registrou, em setembro de 2025, o maior valor de exportações para o mês desde o início da série histórica.
As vendas externas somaram US$ 14,95 bilhões, alta de 6,1% em relação a setembro de 2024. O setor respondeu por 49% de todas as exportações brasileiras, impulsionado pelo aumento de 7,4% nos volumes embarcados, mesmo com leve queda de 1,1% nos preços internacionais.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações do agro somaram US$ 126,6 bilhões, com crescimento de 0,7% sobre igual período de 2024. As importações do setor avançaram 7,3% no mês e 5,4% no acumulado do ano. O agronegócio tem sido decisivo para o superávit comercial do país, garantindo mais de US$ 111 bilhões às contas externas em 2025.
CARNES BOVINA E SUÍNA LIDERAM ALTAS - O avanço foi sustentado sobretudo pelas carnes. A bovina in natura alcançou US$ 1,77 bilhão, alta de 55,6%, enquanto a suína in natura atingiu US$ 346,1 milhões, recorde histórico, com alta de 28,6% em valor e 78,2% em volume.
O milho também se destacou, com US$ 1,52 bilhão (+23,5%), assim como o café (US$ 1,3 bilhão, +9,3%) e os pescados, que somaram US$ 38,7 milhões, crescimento de 6,1% em volume. Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o desempenho reforça a competitividade do setor.
“Os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenário externo desafiador, a competitividade do agronegócio brasileiro e o acerto na estratégia reforçada a partir de 2023 de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos. Até o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para os produtores e exportadores brasileiros.”
DIVERSIFICAÇÃO - Além dos produtos tradicionais, setembro também foi marcado por recordes históricos entre itens menos convencionais, como:
- sementes de oleaginosas (exceto soja), com alta de 92,3%;
- melancias frescas (+65%);
- feijões (+50,8%);
- lácteos (+13,7%).
Esses produtos ajudaram a elevar em 9,2% as exportações do grupo em setembro e 19,1% no acumulado do ano, reforçando a diversificação da pauta e o acesso a nichos de maior valor agregado. O governo brasileiro, segundo nota do Mapa, tem trabalhado para abrir novos mercados, fortalecer a presença em destinos estratégicos (Ásia, Europa e América do Norte) e ampliar o valor agregado das exportações, por meio de ações coordenadas de promoção comercial e apoio às cadeias produtivas.
PRESENÇA INTERNACIONAL - O secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Luís Rua, destacou o papel das missões e feiras internacionais:
“Setembro demonstra o esforço da presença internacional do agro brasileiro em um contexto global desafiador. A combinação de sanidade, qualidade e competitividade, somada ao diálogo com o setor privado e às ações de promoção comercial, consolida o país como parceiro confiável para a segurança alimentar do mundo. Apenas em 2025, foram mais de 60 missões internacionais promovidas pelo MAPA, além de feiras e ações como a Caravana do Agro Exportador.”
Os avanços são resultado da integração entre governo e setor privado, com foco em habilitações, equivalências sanitárias e promoção comercial para consolidar o Brasil como potência agroalimentar mundial, finaliza a pasta.
Com informações de: Agrofy News.