Ex-vereador diz que esposa morreu a marretadas após flagra de caso com pedreiro
O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Piên, Leonides Maahs, foi a júri popular pela morte da sua esposa Josicler Pieckocz, de 56 anos, com marretadas na cabeça
Publicado: 19/09/2025, 18:42

O julgamento do ex-vereador de Piên, Leonides Maahs, acusado de assassinar a ex-esposa Josicler Pieckocz, começou na última quinta-feira (18), em Rio Negro, e já trouxe uma reviravolta surpreendente. Pela primeira vez, a defesa apresentou uma nova versão para o crime que chocou a região.
Leonides declarou que a morte da esposa teria sido consequência da descoberta de sua homossexualidade. Segundo ele, Josicler o flagrou em um momento íntimo com o pedreiro Luan Bachel dentro de casa. Ainda conforme o relato, a vítima teria ameaçado divulgar o segredo, o que teria levado a uma reação violenta do pedreiro.
“Ela começou a xingar e, durante a discussão, entrou em luta corporal com Luan. Foi quando ele usou uma marreta para agredi-la. Leonides ficou em choque, paralisado, sem reagir à cena”, afirmou o advogado de defesa, Nilton Ribeiro.
O defensor também citou depoimentos de vizinhos, alegando que apenas o pedreiro foi visto saindo ensanguentado da residência. “A situação é extremamente complexa, do ponto de vista humano. O Leonides não reagiu porque entrou em choque. Não há imagens do cômodo, mas há testemunhas que ouviram os gritos”, completou.
Já a acusação, que representa a família de Josicler, rebateu a versão apresentada pelo ex-vereador. “O que cada um fez nós não temos como afirmar categoricamente, mas temos certeza de que ambos praticaram o crime”, declarou o advogado da família.
A nova versão contrasta com o primeiro depoimento de Leonides, no qual ele alegava não estar em casa no momento do assassinato. O julgamento segue nos próximos dias.
RELEMBRE - O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Piên, Leonides Maahs, foi a júri popular pela morte da sua esposa Josicler Pieckocz, de 56 anos, com marretadas na cabeça. O crime ocorreu em fevereiro deste ano. Além dele, o pedreiro Luan Bachel, que trabalhava na residência onde a vítima foi encontrada já morta, também será julgado. Os dois são os principais suspeitos do crime.
Leonides foi preso no dia 12 de fevereiro. Já Luan foi encontrado e preso três dias depois em São Bento do Sul-SC.
Na ocasião da prisão do ex-vereador, a delegada Maiara Kasmirski, responsável pelas investigações, destacou que houve pedidos de socorro por parte da vítima, mas que quando os policiais chegaram, já a encontraram sem vida. “O crime aconteceu na chácara da família. A vítima foi encontrada sem vida no local em meio a grande quantidade de sangue. A criminalística foi acionada para verificação da causa da morte, que até o momento parece estar relacionada com golpes na cabeça”, disse.
O ex-vereador e o pedreiro eram as únicas pessoas na residência no momento do crime. A expectativa é que o julgamento dos dois aconteça em setembro.
Com informações: Banda B, parceira do Portal aRede.