Durante julgamento do STF, manifestantes pedem prisão de Bolsonaro
Bandeirão exibido na Ponte Estaiada em São Paulo também protesta contra anistia. Análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros acusados por uma tentativa de golpe de Estado em 2022 ocorre nesta terça-feira (25)
Publicado: 25/03/2025, 15:04
Um bandeirão gigante que pede a prisão do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) e protesta contra o projeto da anistia foi exposto na Ponte Estaiada em São Paulo, nesta terça-feira (25). O local é um dos mais movimentados da capital paulista. O manifesto ocorre no contexto do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra oito acusados por uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os implicados, está Bolsonaro.
O julgamento está a cargo da Primeira Turma do Supremo, que é formada pelos ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux. O presidente da Turma, Zanin, reservou três sessões para isso.
A primeira sessão (núcleo 1), considerada a mais relevante por incluir os supostos líderes da organização criminosa, conta com o ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) também.
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A análise teve início nesta manhã e deve se encerrar na quarta-feira (26), caso seja necessário mais tempo de deliberação. Saiba quem são todos os julgados:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
- Walter Braga Netto, general que foi ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, além de ter sido candidato a vice-presidente em 2022;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro;
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.
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O julgamento foi aberto por Zanin, seguido por uma leitura do relatório por Moraes. Depois, houve a sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Antes de analisar o mérito, os ministros poderão votar questões preliminares, ou seja, definições pontuais que estão no processo e podem comprometer como um magistrado vota no caso. Depois, o relator avaliará o mérito da denúncia e dirá se a aceita ou não. Os demais ministros, então, poderão dar seus votos.
Caso haja maioria ou unanimidade por acatar a denúncia, os denunciados se tornarão réus e responderão a processo judicial em mais sessões da Primeira Turma do Supremo. Ao fim do julgamento como um todo, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros definir qual a pena e por qual crime cada um será punido.
Com informações da CNN