Caso Vitória; único preso confessa crime e diz que agiu sozinho
Maicol confessou, em depoimento dado nesta segunda-feira (17), que agiu sozinho no assassinato de Vitória Regina de Souza
Publicado: 17/03/2025, 20:00

Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, confessou na tarde desta segunda-feira (17) que matou Vitória Regina de Souza, a adolescente de 17 anos encontrada sem vida em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo.
Segundo fontes policiais ouvidas pelo Metrópoles, o único suspeito preso até o momento revelou em um depoimento dado nesta tarde que, além de ter matado Vitória, agiu sozinho no crime.
Maicol está preso desde sábado (8). O veículo dele, um Toyota Corolla prata, foi visto no local onde a menina foi raptada momentos antes do crime. A polícia disse ter encontrado manchas de sangue no porta-malas do veículo. O material genético colhido na perícia será submetido a exames técnicos para comprovar que se trata de material genético da menina.
Além disso, no celular de Maicol os investigadores encontraram fotos da adolescente, além de imagens de facas e revólver. As autoridades também encontraram no aparelho eletrônico fotos de outras garotas com características físicas semelhantes à Vitória.
As informações sobre o relatório feito pela polícia foram confirmadas pelo advogado da família de Vitória, Fabio Costa, que afirma ter tido acesso ao material. O Metrópoles entrou em contato com o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), da Polícia Civil, mas não obteve retorno.
Outro ponto confirmado pelo advogado é que a investigação descobriu que Maicol visualizou uma postagem feita por Vitória no Instagram quando esperava o ônibus para voltar para casa, na zona rural de Cajamar, na Grande São Paulo. O indício é de que, com isso, o suspeito saberia exatamente o horário que ela chegaria.
A morte de vitória - Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março, em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público. Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um veículo, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
Nos capturas de tela da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo. Em seguida, ela entra no ônibus e diz que ambos subiram com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que ambos não haviam descido com ela. “Ta de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.
Com informações de: Metrópoles.