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Cientistas querem lançar bomba nuclear ao espaço para evitar asteroide

Autoridades estão monitorando o asteroide YR4, que pode atingir a Terra em menos de 10 anos

Defesa planetária realiza estudos para evitar a colisão de um asteroide contra a Terra
Defesa planetária realiza estudos para evitar a colisão de um asteroide contra a Terra -

Publicado por Rodolpho Bowens

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A ciência oferece uma solução inovadora para um problema que ainda não existe, mas que poderia representar uma grande ameaça no futuro: a colisão de um asteroide com a Terra. Atualmente, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) monitoram o asteroide YR4, que passará próximo ao planeta em dezembro de 2032. A ESA estima uma probabilidade de 99% de que ele não cause danos, mas um impacto não pode ser completamente descartado.

Diante dessa possibilidade, cientistas exploram alternativas de defesa planetária. Um estudo publicado na revista Nature Physics sugere que a melhor estratégia para evitar uma colisão seria o uso de "pulsos de radiação", gerados por uma explosão nuclear no espaço.

Experimentos simulando alvos semelhantes a asteroides mostraram que uma máquina de radiação foi capaz de vaporizá-los e alterá-los de trajetória, como se fossem foguetes em marcha a ré. Segundo o cientista Harrison Agrusa, do Observatório Côte d'Azur, essa técnica poderia ser a única opção viável para asteroides detectados com pouco tempo de antecedência — menos de uma década.

De acordo com simulações, um asteroide de até 100 metros de comprimento poderia ser desviado com um bombardeio nuclear realizado dois meses antes de sua possível colisão. No entanto, há riscos: a explosão poderia fragmentar o asteroide em múltiplos pedaços menores, que ainda representariam perigo ao atingir a Terra em alta velocidade.

“O ideal é desviar o impacto”, afirma a revista National Geographic. Para isso, uma espaçonave não tripulada poderia ser enviada com um dispositivo nuclear que detonaria próximo ao asteroide, liberando raios X, gama e nêutrons. Esse processo faria com que o asteroide se estilhaçasse e seus fragmentos fossem vaporizados no espaço.

“É reconfortante saber que grandes asteroides não impactam a Terra com frequência”, diz Nathan Moore, autor principal do estudo. “E ainda mais reconfortante saber que temos maneiras de nos preparar para esse tipo de desastre natural".

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