Requião Filho quer ampliar debates da Alep em 2025

O deputado estadual Requião Filho será o terceiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em 2025. Em entrevista concedida ao Portal aRede, nessa quarta-feira (15), o parlamentar destacou que o principal objetivo da nova composição diretiva do Legislativo estadual é promover o debate de projetos.

Requião avalia que, em 2024, observou alguns resquícios de um debate raso de política. Ele afirma que prefere discutir a política de forma mais aprofundada. “Acho que a gente tem muito mais para discutir do que essa política rasa de Lula e Bolsonaro. A política afeta muita gente, afeta muita vida das pessoas para ficar nesse debate simplista”, disse.

O parlamentar foi questionado sobre o que os ponta-grossenses podem esperar do seu mandato na Alep para 2025. Requião disse que estará mais presente, ampliará a fiscalização e fará ainda mais visitas ao interior do estado.

Ele ainda destacou os pontos positivos de Ponta Grossa e disse que geograficamente, o município é especial, visto que está em um hub de ligação do estado do Paraná. “Uma cidade com um apelo para trazer indústrias, para trazer fábricas, para trazer carteira assinada”, ressalta.

Contudo, Requião avalia que Ponta Grossa desperdiça parte do potencial ao prender-se ‘agro’. “O agro é muito importante, é muito bom. Mas imagine que bom você poder plantar e beneficiar aqui em Ponta Grossa. Você plantar soja e fazer o óleo aqui, você plantar milho e fazer ração aqui, você beneficiar as coisas gerando empregos na cidade”, destacou. O deputado ainda afirma que os ponta-grossenses precisam acabar com a cultura de pensar que, por estarem próximos de Curitiba, devem migrar para a capital para realizarem determinadas atividades.

“A gente tem que entender Ponta Grossa. As pessoas falam tanto em ser patriota, comece cantando o seu bairro. Então valorizar o produto local de Ponta Grossa, valorizar as lojas, os comércios, buscar os médicos, buscar o atendimento dentista, a escola em Ponta Grossa. A gente tem que valorizar mais as nossas cidades. A gente tem essa mania de achar que o que é bom está fora. E Ponta Grossa tem um potencial enorme para crescer cada vez mais”, disse.

Requião também disse que está aberto ao diálogo com as figuras políticas de Ponta Grossa. Ele destaca que não teria problema nenhum em conversar com a prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) para alinhar ideias e políticas públicas para a cidade. “Gosto de alguns vereadores eleitos aqui, acho que tem um bom discurso, um bom posicionamento, uma boa coerência, um bom projeto político e a gente precisa buscar aumentar esse diálogo”, avaliou.

SAÍDA DO PT - Em dezembro do ano passado, Requião anunciou a saída do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele explicou isso aconteceu porque acredita que o governo federal traiu o seu discurso. “Traiu os seus ideais, traiu o seu propósito e traiu aquilo que eu acredito. O PT no Paraná tem dono e tem projeto de poder e eu não concordo com isso. Eu faço política em cima de um programa de ideias e de bandeiras muito claras e muito abertas. Sempre fui muito transparente quanto a isso”, disse.

Requião disse que recebeu convites de diversas legendas, mas que ainda não definiu seu futuro. “Preciso achar um partido que traga coerência política e que ajude a montar um projeto de Paraná para amanhã, para depois de amanhã e para daqui a 30, 40, 50 anos”, finalizou.

Confira os principais pontos da entrevista com Requião Filho: