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Artista venezuelana encontrada morta foi estuprada e queimada

Julieta Inés Martínez desapareceu quando tentava atravessar o Amazonas de bicicleta para chegar à Venezuela, onde encontraria a mãe

Julieta integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei” e se apresentava com a personagem Palhaça Jujuba
Julieta integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei” e se apresentava com a personagem Palhaça Jujuba -

Publicado Por Milena Batista

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Julieta Inés Hernández Martínez, 38 anos, artista e cicloviajante da Venezuela, foi encontrada morta em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, na noite de sexta-feira (5). Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Julieta foi vista pela última vez em 23 de dezembro de 2023 nas proximidades do município de Presidente Figueiredo, quando seguia de bicicleta em direção a Boa Vista, em Roraima.

A morte de Julieta foi confirmada pela Secretaria de Segurança Publica do Amazonas. Ela tinha como destino a cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela, onde a mãe mora.

Saiba o que aconteceu:

Um casal que foi preso por suspeita de assassinar a artista circense venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, 38, teria confessado em depoimento a ocultação do cadáver da vítima, de acordo com o boletim de ocorrência do caso.

O auxiliar de serviços gerais Thiago Agles da Silva,31, e a autônoma Deliomara dos Anjos Santos, 29, foram presos neste sábado (6) por suspeita de participação no crime. Os dois ainda não têm advogado constituído no caso. Ainda segundo o boletim de ocorrência, eles também trocaram acusações sobre a autoria do crime, com versões conflitantes sobre as circunstâncias do assassinato. 

Julieta vivia no Brasil desde 2015, integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei” e se apresentava com a personagem Palhaça Jujuba. Ela viajava do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, de bicicleta, quando desapareceu no dia 23 de dezembro do ano passado.

Em depoimento à polícia, o casal confirmou que Julieta pernoitou na sede do Espaço Cultural Mestre Gato. A residência é usada como uma espécie de ponto de apoio para viajantes e andarilhos que transitam pela rodovia BR-174.

Thiago e Deliomara afirmaram que vivem de favor no local, com anuência do dono, e cobram R$ 10 de diária para viajantes que se hospedam na área externa da casa, onde dormem em redes.

Também disseram que Julieta teria procurado abrigo no local em 21 de dezembro.

Em depoimento à polícia, Deliomara afirmou que Thiago estava sob efeito de álcool de crack e propôs que ambos roubassem o celular de Julieta, que dormia na área externa da casa.

Ela disse que o companheiro pegou uma faca, seguiu até a rede onde estava Julieta. Ele teria ameaçado, enforcado e arrastado a artista para dentro da casa. Com a vítima desacordada, ele ordenou à companheira que amarrasse as mãos e pés de Julieta e ela teria obedecido.

Tempos depois, após a artista ter acordado, Thiago teria abusado sexualmente da artista venezuelana. Deliomara afirmou que, ao avistar o marido estuprando a vítima, sentiu raiva, despejou álcool em cima dos dois e acendeu o fogo com um isqueiro, causando queimaduras em ambos.

Deliomara disse que Thiago conseguiu apagar o fogo e voltou a enforcar Julieta, que teria mais uma vez desmaiado. Depois disso, ele saiu de casa, seguiu para um hospital da cidade para tratar das queimaduras e ordenou que a esposa enterrasse o corpo da artista, no que ela teria obedecido.

Thiago Agles da Silva, por sua vez, deu uma versão diferente em depoimento à polícia e nega as acusações de roubo, estupro e assassinato de Julieta.

Ele afirma que na noite de 22 de dezembro estava usando álcool e drogas e que Julieta havia se juntado a ele. Ao ver o marido com a artista, Deliomara despejou álcool e ateou fogo nos dois.

Depois disso, afirmou Thiago, ele teria saído da casa para procurar atendimento médico no hospital municipal de Presidente Figueiredo, de onde foi transferido para Manaus, em virtude da gravidade das queimaduras.

Teve alta apenas em 28 de dezembro e, ao voltar para casa, teria ouvido da esposa que Julieta havia morrido e que havia enterrado o corpo em uma cova rasa, em uma área de mata nos fundos da casa. Ele disse que ajudou a ocultar os pertences e a bicicleta que pertencia à artista.

Imagem ilustrativa da imagem Artista venezuelana encontrada morta foi estuprada e queimada
  

“O interrogatório dos dois suspeitos é conflitante. Mas a versão da mulher parece ter mais sentido. As investigações seguem em andamento”, afirmou à Folha o delegado Valdinei Silva, titular da delegacia de Presidente Figueiredo e responsável pela apuração.

A Polícia Civil do Amazonas começou a investigar o crime nesta quinta-feira (4), quando amigos registraram um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da artista.

Os policias percorreram hospedarias da cidade. Na manhã de sexta-feira (5), estiveram na casa Mestre Gato, ouviram de Thiago e Deliomara que Julieta havia se hospedado no local, mas teria partido em 23 de dezembro.

No dia seguinte, contudo, uma testemunha encontrou peças de uma bicicleta em uma área de mata nas proximidades do espaço e avisou a guardas municipais, que acionaram a polícia.

Diante da evidência, Thiago e Deliomara foram levados para prestar depoimento e confessaram a ocultação de cadáver. Em buscas realizadas no imóvel, os policiais encontraram o corpo enterrado em uma cova rasa em uma área de mata. O celular da vítima escondido entre o teto e o telhado do imóvel.

Thiago e Deliomara tiveram a prisão decretada na sexta-feira por suspeita de homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver. Neste sábado (6), ambos participaram da audiência de custódia e tiveram a prisão provisória convertida em preventiva.

Informações: Metrópoles e Banda B 

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