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PR entrega óculos com inteligência artificial para alunos cegos

Ao todo, neste primeiro momento, foram adquiridos 147 equipamentos, em um investimento de R$ 2,19 milhões

Cada unidade custou R$ 14,9 mil
Cada unidade custou R$ 14,9 mil -

Da Redação

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou a alunos da Rede Estadual de Ensino dispositivos de inteligência artificial OrCam MyEye 2.0 em evento realizado no Palácio Iguaçu, na manhã desta terça-feira (22). Desenvolvida e fabricada em Israel, a tecnologia, que usa áudio para transmitir informações a usuários com deficiência visual, promete transformar a experiência de aprendizado para estudantes com cegueira total nas escolas estaduais do Paraná.

O governador destacou que o objetivo é assegurar inclusão aos meninos e meninas, assim como autonomia no aprendizado. A nova ferramenta, desse modo, vem para auxiliar os estudantes, não substituindo os métodos de ensino já adotados. Ao todo, neste primeiro momento, foram adquiridos 147 equipamentos, em um investimento de R$ 2,19 milhões. Cada unidade custou R$ 14,9 mil.

“Todo mundo em algum momento da vida vai ter alguma deficiência. É natural, com a velhice. Nós, como sociedade, temos que, cada vez mais, nos organizarmos para criar ambiente de convivência que a gente possa, de alguma maneira, amenizar os problemas que uma deficiência traz para qualquer ser humano. E começar pela educação, talvez, é a maneira mais universal que nós temos para, primeiro, quebrar qualquer tipo de preconceito e, segundo, fazer com que isso fique mais acessível”, afirmou.

E é essa preocupação em driblar os obstáculos causados pelas deficiências, desde os bancos escolares, que o Governo do Paraná reforça com a nova tecnologia inclusiva. “Nós temos que criar uma escola universal, dando ferramenta para os alunos que precisam de algum tipo de auxílio, terem a mesma capacidade e oportunidade. Queremos dar a oportunidade para disputarem em grau de igualdade com os demais. E o que estamos fazendo é dar essa ferramenta para eles disputarem em grau de igualdade e serem competitivos no mercado de trabalho quando se transformarem em adultos. Mas, acima de tudo, eu tenho certeza de que com essa ferramenta eles vão passar a ser mais felizes, que é o nosso objetivo”, disse Ratinho Junior.

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  • A nova ferramenta, desse modo, vem para auxiliar os estudantes
    A nova ferramenta, desse modo, vem para auxiliar os estudantes
  • Governador assina projeto acessibilidade para os alunos.
    Governador assina projeto acessibilidade para os alunos.
  • Cada unidade custou R$ 14,9 mil
    Cada unidade custou R$ 14,9 mil
 

O dispositivo é discreto, tem apenas 7,6 cm de comprimento, e funciona acoplado à haste de óculos comuns. Com uma câmera inteligente, o OrCam MyEye 2.0 é capaz de ler para o usuário textos de qualquer superfície, reconhecer produtos, cores, cédulas de dinheiro (dólar e real), identificar rostos e outros objetos. Sua velocidade de leitura é ajustável, permitindo que os usuários escolham entre vozes masculinas e femininas, além de comandos para pausar, avançar ou retroceder a leitura. Assim, os equipamentos de tecnologia visual assistiva proporcionam acesso instantâneo a informações em tempo real.

"Essa é uma das tecnologias mais modernas do mundo, que vai facilitar a inclusão de crianças e jovens. Através dos dispositivos, os alunos terão acesso a informações e oportunidades de aprendizado semelhantes às dos demais colegas. Essa inovação promove inclusão e mais acesso à educação, cultura, esporte, lazer, assistência social, aprendizagem e qualificação profissional", afirmou o secretário da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Marcelo Rangel.

Neste ano, segundo ele, o Paraná está investindo R$ 411,7 milhões em ciência, tecnologia e inovação, maior orçamento para a área na história do Estado. “Quando você vê os resultados práticos disso na vida de uma criança que agora pode ter uma emoção diferente é fascinante. Poder proporcionar essas alternativas, esses dispositivos, essas inovações que temos pelo mundo para facilitar a vida dos paranaenses, é sem dúvida nenhuma um orgulho”, completou o secretário

Além da SEI, responsável pela aquisição e pela supervisão do projeto, outras duas secretarias estão envolvidas diretamente na iniciativa: a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Secretaria da Educação (Seed). A primeira viabilizou a compra dos equipamentos, por meio do Fundo para Infância e Adolescência (FIA), que é administrado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca-PR). A segunda tem participação efetiva no dia a dia da implementação do novo recurso tecnológico no ambiente escolar.

DISTRIBUIÇÃO

A intenção é, aos poucos, ampliar a disponibilidade desses aparelhos para cada vez mais estudantes – indo gradativamente dos que têm maior grau para os que têm menor grau de deficiência visual. Os primeiros dispositivos serão direcionados para as regiões da Grande Curitiba e Litoral do estado. Os demais municípios – serão 78 no total – receberão a novidade na sequência, à medida que eles forem chegando ao País. A tecnologia já vinha sendo usada nas bibliotecas públicas de Curitiba, Londrina e Cascavel.

Os equipamentos serão emprestados aos alunos em um sistema de comodato não oneroso. O projeto-piloto com essa tecnologia será acompanhado pelo Observatório de Transformação Digital da SEI.

NOVO PROJETO DE LEI

Durante o evento, reforçando a pauta da inclusão pelo governo do Paraná, foi assinado pelo governador um projeto de lei que será encaminhado para a Assembleia Legislativa visando à criação do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (FEPcD). O fundo irá concentrar recursos de diversas fontes, inclusive privados, destinados ao financiamento de planos, programas ou projetos cujo objetivo seja a informação, orientação, proteção, defesa de direitos e/ou reparação de danos causados à pessoa com deficiência em todo o Paraná. 

"Nós temos o Fundo para a Infância e Adolescência para essa faixa etária e o Fundo Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná para aqueles acima de 60. Eles atendem projetos para deficientes, mas não tínhamos uma cobertura específica, ou seja, aqueles entre de 18 a 59 anos não eram atendidos. Com a constituição formal FEPcD, vamos buscar recursos de outras áreas e abrir editais para atender com mais excelência as pessoas com deficiência", complementou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni. 

Com informações da Agência Estadual de Notícias

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