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Brasil deve registrar deficit na armazenagem de grãos em 2023

Índice deve chegar a 118 milhões de toneladas. Valor é ainda maior que o do ano passado, quando o déficit foi de 83,9 milhões de toneladas

Previsão de colapso no sistema de armazenagem de grãos será exposta pela Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem (CSEAG) da Abimaq durante a Agrishow
Previsão de colapso no sistema de armazenagem de grãos será exposta pela Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem (CSEAG) da Abimaq durante a Agrishow -

Da Redação

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O déficit da capacidade estática de armazenagem de grãos no Brasil deve chegar a 118,5 milhões de toneladas em 2023, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O índice é ainda maior que o do ano passado, quando o déficit foi de 83,9 milhões de toneladas. A previsão de colapso no sistema de armazenagem de grãos no país será exposta pela Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem (CSEAG) da Abimaq durante a Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que acontece em Ribeirão Preto (SP), entre dias 1 e 5 de maio. 

No evento, o presidente da CSEAG, Paulo Bertolini, deve se reunir com representantes do setor e autoridades para alertar sobre a necessidade urgente de ampliar investimentos públicos e privados que possibilitem a ampliação da capacidade de estocagem.  “Neste ano, a previsão de déficit na estocagem é de quase 38% do total da produção. E isso impacta no preço da commoditie e na economia do país”, detalha o presidente. 

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada de grãos em 2023 é de 312,5 milhões de toneladas. Já a capacidade estática de armazenagem, conforme estimativa da Abimaq, é de 194 milhões de toneladas. “A falta de espaço adequado prejudica a qualidade dos grãos e pode representar perdas, inclusive com situações em que o produtor se obriga a deixar o produto depositado a céu aberto. É uma questão de segurança alimentar”, reforça. 

Apoio

Para o presidente da CSEAG, é preciso investir na construção de silos e armazéns prioritariamente dentro das propriedades rurais. “Apenas 15% do total de armazéns estão acomodados em fazendas, que é o local apropriado para evitar perdas e manter a qualidade dos produtos. Como comparação, nos Estados Unidos, esse índice chega a 66%, com capacidade para armazenar mais do que uma safra inteira”, indica. 

Ele aponta a necessidade de maior apoio governamental para que os proprietários rurais consigam investir no setor. “Nós, da Abimaq, enviamos recentemente ao Ministério da Agricultura e Pecuária e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar um documento que pede medidas urgentes de auxílio aos agricultores”, relata. Entre as propostas estão programas que preveem destinação de maior aporte de recursos e linhas de financiamento que estimulem o investimento na construção e ampliação de armazéns, modernização de frotas, inovação tecnológica e melhores políticas de juros.

Com informações da Assessoria de Imprensa
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