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Frísia projeta faturar R$ 1,3 bi com soja nesta safra na região

Área passou para 120 mil hectares na região, que com 69 sacas por hectare, produção de soja deverá totalizar 492 mil toneladas

No Paraná e Tocantins, cooperativa estima aumento de quase 15% sobre o período anterior, que alcançou produção de 534 mil toneladas
No Paraná e Tocantins, cooperativa estima aumento de quase 15% sobre o período anterior, que alcançou produção de 534 mil toneladas -

Da Redação

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A Frísia Cooperativa Agroindustrial tem uma característica agrícola peculiar: consegue produzir grãos em duas regiões distintas, no Paraná e no Tocantins. Os cooperados nos dois Estados serão responsáveis por produzir mais de 613 mil toneladas de soja na safra 22/23 em uma área total de 155 mil hectares, aumento de quase 15% sobre o período anterior, que alcançou 534 mil toneladas (em 139 mil hectares). Estimativas dos técnicos da cooperativa apontam uma produtividade média de 69 sacas/hectare no Paraná e 58 sacas no Tocantins, frente a 67 e 55 sacas sobre 21/22, respectivamente.

Na safra passada, 21/22, os 450 cooperados sojicultores do Paraná produziram 470 mil toneladas em 118 mil hectares, totalizando uma produtividade média de 67 sacas por hectare. Já em 22/23, a área passou para 120 mil hectares, totalizando 492 mil toneladas e 69 sacas por hectare, de média. Isso significa uma projeção da retirada de 8,2 milhões de sacas de soja nos municípios de atuação no Paraná. Tendo em vista o preço de venda médio da soja no balcão hoje, segundo dados do Deral, de R$ 170 a saca de 60 quilos, a projeção é de que a produção renda quase R$ 1,4 bilhão em faturamento para a cooperativa.

De acordo com o coordenador da Assistência Técnica Agrícola da Frísia, engenheiro agrônomo André Felipe Pavlak, a condição climática da região dos Campos Gerais, onde está grande parte dos cooperados no Paraná, faz com que haja estabilidade na produção, principalmente pela manutenção da umidade nas lavouras. Ano passado, a soja foi marcada por um período de seca, o que afetou de 5% a 10% da produção, porém, lembra o coordenador da Frísia, “não teve uma quebra grande”.

De acordo com o especialista,  houve um atraso no plantio da cultura da soja, principalmente por causa do período muito chuvoso que impediu fazer as operações com as máquinas no campo. Entretanto, Pavlak não vê isso como problema. A estimativa de menor incidência de chuva em novembro e dezembro significa que esse plantio um pouco mais tarde pode favorecer os cooperados no Paraná, já que a estimativa é que em janeiro a chuva normalize.

Tocantins

Os mais de 100 cooperados da Frísia que produzem soja no Tocantins apresentam anualmente uma evolução em área, produção e produtividade. Glayson Oliveira, engenheiro agrônomo da Frísia no Estado, conta que, para a oleaginosa, a expectativa da safra 22/23 é muito boa. “Estamos melhorando a fertilidade do solo, implementando o sistema de palhada”.

O solo do Tocantins é ácido e pobre de fósforo, explica Oliveira, mas, com a chegada da Frísia, houve um trabalho intenso de melhoria do solo e da qualidade da área, com a aplicação intensa de calcário e pelo sistema de plantio direto. “Quando entrei na cooperativa, há quatro anos, a média do Estado era 48 sacas por hectare, mas a Frísia já tinha 52 sacas”, conta o engenheiro agrônomo, lembrando que, a cada ano, os cooperados aumentam de 2 a 4 sacas de soja por hectare.

“Temos aumentado as áreas a cada ano, e nesta safra esperamos plantar em 35 mil hectares. A expectativa de produção é boa, não estamos com sobra de chuva, mas também não está faltando. Quando começa a faltar, a chuva vem. Teve um atraso no início no plantio em relação aos últimos três anos, porém estamos dentro da média no Tocantins, que é a partir do dia 20 de outubro”, aponta Oliveira. 

Gergelim

Esse atraso do início do plantio de soja no Tocantins afetará a safra de milho safrinha, com uma estimativa de redução de 40% da produção, ou seja, de 14 mil hectares para, até o momento, 8 mil hectares programados. 

Para reduzir o impacto na rentabilidade do cooperado, a Frísia incentivou o plantio do gergelim, que pode “entrar” mais tarde no campo. Ele reduziria o impacto da perda do milho, que tem janela ideal até 20 de fevereiro. “O gergelim tem a janela ideal até 10 de março, é uma cultura específica para determinadas empresas do ramo alimentício”, conta Oliveira. Será a primeira vez que cooperados da Frísia plantarão gergelim.

Além do entreposto de recebimento de grãos de Paraíso do Tocantins, que foi inaugurado em 2016, a cooperativa iniciou em 2022 as atividades de uma segunda unidade, no município de Dois Irmãos do Tocantins. Antes, os cooperados da região de Dois Irmãos encaminhavam a safra para Paraíso, a uma distância de 180 quilômetros. A produção dos cooperados da Frísia é escoada via Porto do Itaqui, no Maranhão.

“A condição das lavouras dos cooperados é boa, e a expectativa continua alta. Os custos nessa safra aumentaram para todos os agricultores do Brasil, porém estimamos um bom ano de rentabilidade”, conclui André Pavlak. 

Com informações da assessoria de imprensa

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