Metade dos brasileiros conhece uma mulher que já foi agredida
É o que aponta um pesquisa do Ipec, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Beja, realizada em outubro
Publicado: 17/11/2022, 12:01
Metade dos brasileiros conhece pessoalmente alguma mulher que sofre ou já sofreu algum tipo de agressão por parte do atual ou do antigo companheiro. É o que aponta um pesquisa do Ipec, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Beja, realizada em outubro deste ano.
Apesar disso, de acordo com o levantamento, apenas 6% dos homens admitem já terem cometido violência doméstica. O nível de confiabilidade é de 95%, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A maioria dos brasileiros também respondeu que, após tomar conhecimento da violência, procura as vítimas para conversar, e oferece conselhos focados na segurança da mulher, como para denunciarem as agressões à polícia (53%) e terminarem o relacionamento (48%).
Por outro lado, uma minoria recomenda que as vítimas tomem atitudes para manter a relação, como para procurarem a igreja (8%) - as mulheres são as que mais dão este conselho, mudarem o comportamento para que o companheiro não fique irritado (7%) e reconsiderarem e fazerem as pazes (6%) - os homens são os que mais falam isso.
Ainda segundo reportagem do portal g1, das 800 mulheres entrevistadas pelo Ipec, 36% afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica:
Psicológica (27%) – ameaças, humilhação, xingamentos, insultos, chantagem, proibição de encontrar amigos ou familiares, etc
Física (17%) – agressões físicas, como tapas, empurrões, etc
Moral (13%) – difamação, disseminação de mentiras, exposição da vida íntima, etc
Sexual (10%) – relações ou práticas sexuais forçadas (sem consentimento)
Patrimonial (7%) – não poder controlar o próprio dinheiro, ter objetos pessoais destruídos ou danificados, etc
Além disso, 55% das vítimas colocou um fim no relacionamento, e somente 1 em cada 5 denunciou o parceiro às autoridades policiais e/ou contou para um amigo ou familiar. Já 8% das mulheres agredidas não fizeram nada.
As informações são do G1 e Yahoo!