Família de jovem morto faz protesto e não acredita em acidente
Grupo se reuniu uma semana após o ocorrido para pedir explicações
Publicado: 21/08/2022, 09:34
A família de Phelipe Francisco Lourenço, de 24 anos, que morreu após um evento na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, fez um protesto, neste sábado (20), uma semana após o ocorrido. Familiares e amigos não acreditam na linha de investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apontou que o jovem sofreu um acidente ao cair no lago da Ópera de Arame.
Reunidas na frente da Pedreira, com cartazes, cerca de 20 pessoas cobravam explicações da polícia. De acordo com a irmã de Phelipe, Dafne Guerra, a família quer ter acesso a todo o material utilizado na investigação.
“Até agora não tivemos todas as imagens na íntegra. A gente quer a relação de câmeras, porque todo mundo está falando que ali onde ele estava não tinha câmera, dentro da Ópera de Arame, dentro do lago. Como que não tinha câmera? Como ele caiu de uma altura de 25 metros sem fratura alguma no corpo inteiro, apenas como machucado no joelho. A gente precisa de uma explicação”, disse.
O laudo de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal de Curitiba (IML) apontou que Phelipe morreu decorrente de asfixia mecânica por afogamento e não teve fraturas.
A família também pede para refazer o trajeto e ter acesso ao local da queda.
“Nós queremos subir lá, onde ele subiu, fazer o trajeto, para ver se tem trilha, para ver se tem escada, para ver como foi que ele saiu lá de cima, como colocaram ele dentro do lago, como foi tirado, como empurraram ele, porque de 25 metros ele não cairia sem fraturas do jeito que está”, reforçou a irmã.
Entenda o caso
A morte de Phelipe aconteceu pouco tempo depois do fim do evento, que reuniu milhares de pessoas na Pedreira Paulo Leminski. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte do estudante de engenharia mecânica.
De acordo com a família, o jovem deixava o Muvuca na noite do sábado (13) e, com marcas de agressão, foi retirado do lago. Encaminhado ao pronto-socorro, ele não resistiu.
Phelipe morava com a mãe na Avenida Anita Garibaldi, no bairro Ahú. Ao ser socorrido, o jovem foi inicialmente encaminhado à UPA Boa Vista. A mãe dele foi chamada e apenas recebeu a notícia da morte.
Com informações do Portal Banda B