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Rússia e Ucrânia farão corredor para saída segura de civis

Uma nova rodada de conversas deverá acontecer nos próximos dias; presidente da Ucrânia volta a pedir paz nos ataques realizados pelos russos.

Decisão foi comunicada após a reunião entre as lideranças dos países, nesta quinta-feira.
Decisão foi comunicada após a reunião entre as lideranças dos países, nesta quinta-feira. -

Rodolpho Bowens

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Uma nova rodada de conversas deverá acontecer nos próximos dias; presidente da Ucrânia volta a pedir paz nos ataques realizados pelos russos

Após reunião de mais de três horas, negociadores ucranianos e russos concordaram com a criação de corredores humanitários para a saída de civis e a entrada de medicamentos e ajuda humanitária na Ucrânia. Em entrevista coletiva, o negociador ucraniano afirmou que haverá uma terceira rodada de negociações e que é possível que haja um cessar-fogo durante o período da evacuação.

Os negociadores russos confirmaram que estão de acordo com a saída da população civil. "Concordamos que vamos manter corredores humanitários, vamos manter possibilidade de cessar-fogo nesses corredores humanitários e pedimos à população para que usem os corredores e esperamos que tudo acabe logo", afirmou um dos negociadores russos.

Um pouco antes, ainda durante a reunião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos não podem falar com os ucranianos como se fossem alguém de outra categoria. "Precisamos conversar como iguais. Precisamos sentar e conversar. Acho que ele [Vladimir Putin, presidente russo] está num mundo diferente. A pessoa ganha uma chance de se tornar grandiosa para seu país, mas não está aproveitando", disse Zelensky.

O mandatário ucraniano disse ainda que quer salvaguardar o país e seu povo e disse acreditar que, em uma conversa franca com Putin, poderiam chegar a um acordo, à paz. Zelensky disse ainda que espera que a Ucrânia não desapareça. "Se a Ucrânia desaparecer, outros países podem desaparecer também, até chegar às portas de Berlim". E rechaçou a narrativa russa de que os próprios ucranianos estão matando sua população. "Não somos nós que matamos o povo ucraniano. Não somos nós que matamos nossos civis, não somos nós que matamos nossas crianças".

O presidente russo afirmou, por outro lado, que a Ucrânia e a Rússia são o mesmo povo. Mas disse que a "operação especial", como ele chama a invasão do território ucraniano, visa a defender a pátria russa, seus oficiais e soldados, que estão agindo como verdadeiros heróis. "Eles combatem com toda a coragem e sabendo a verdade. Até depois de feridos, permanecem no front, morrem para salvar seus camaradas e a população civil. Sou feliz por fazer parte desse povo russo tão forte e multinacional. Também não nego minha convicção de que russos e ucranianos são o mesmo povo, mesmo quando os ucranianos estão amedrontando sua população com a propaganda nacionalista", disse Putin.

O mandatário russo afirmou ainda que está em guerra contra neonazistas que estão usando a população civil como escudo vivo. "São bandidos que, em vez de cumprir a sua promessa de tirar o maquinário militar das áreas residenciais,  fazem o contrário, só põem mais tanques e mais máquinas de guerra". Putin acusou ainda os ucranianos de estarem capturando e usando estrangeiros como reféns.

Com informações: Agência Brasil.

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