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Presas se rebelam e mantêm reféns em Piraquara

As negociações foram até o início da madrugada e devem ser retomadas na manhã desta sexta-feira (10)

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As negociações foram até o início da madrugada e devem ser retomadas na manhã desta sexta-feira (10)

Detentas da Penitenciária Feminina de Piraquara (PFP), na Região Metropolitana de Curitiba,  mantêm uma agente penitenciária e seis presas como reféns desde o início da noite desta quinta-feira (8). As negociações foram até o início da madrugada e devem ser retomadas na manhã desta sexta-feira (10). Segundo as informações apuradas pela Banda B , uma agente foi ferida com um corte de caco de vidro no braço. A agressão teria acontecido no momento em que a equipe de segurança ameaçou entrar. Pelo menos 290 presas estão rebeladas nos pavilhões B e C. As rebeladas exigem a presença de representantes da área dos Direitos Humanos em Piraquara.

No local, a Banda B apurou que a rebelião começou quando apenas uma agente penitenciária foi fazer a remoção de presas em um dos cubículos do presídio. Foi então que algumas presas fizeram a agente de refém junto com outras seis detentas também rendidas. Equipes do BOPE e uma ambulância do Siate estão na frente do PFP aguardando os negociadores.

O advogado de algumas detentas, Diego Cardoso, que foi chamado por elas por meio de ligações de celulares, disse do lado de fora que a rebelião está acontecendo por causa da falta de condições dignas no presídio. “O motivo que nos passaram é que a unidade está superlotada. Desativaram outra unidade feminina e colocaram todas as detentas apenas aqui na Penitenciária Feminina. Os cubículos estão superlotados e falta água todos os dias. Elas também reclamam da carência de agentes na unidade. Essa remoção em que a agente foi pega como refém jamais poderia ser feita por uma só pessoa. Hoje, segundo o sindicato das agentes, há apenas 12 funcionárias neste trabalho quando seria preciso pelo menos o triplo disso”, afirmou o advogado.

O advogado diz ainda que as presas estão amontoadas, sem nenhuma dignidade. “No dia seguinte ao Dia da Mulher vemos essa situação de abuso e desrespeito. Estas presas estão sendo destratadas, jogadas como se fosse numa caixa, amontoadas dentro de cubículo, sem nenhuma dignidade. Tudo por omissão e descaso do Estado”, afirmou Cardoso.

A reportagem não conseguiu contato com representantes do Departamento Penitenciário do Estado (Depen).

Mais informações em breve

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