Três cidades da região estão no ‘top 10’ da produção de leite no país

Castro segue na liderança da produção de leite no Brasil, mantendo o título de Capital Nacional do Leite – e com muitos méritos. No decorrer de 2023, o total produzido alcançou a marca de 454 milhões litros de leite, valor que equivale a 1,28% de toda a produção nacional do líquido. Carambeí manteve-se na segunda colocação, enquanto que Arapoti escalou duas posições em relação a 2022, e agora figura na oitava posição nacional - o que significa que três das 10 maiores produtoras de leite do país estão nos Campos Gerais do Paraná. Os números são da Pesquisa da Pecuária Municipal 2023 (PPM), divulgada recentemente IBGE.

Na comparação com o ano anterior, Castro aumentou sua produção em 6,24%, resultado de um incremento de 27,4 milhões litros em relação aos 426,5 milhões litros registrados no decorrer de 2022. Essa produção foi alcançada diante de um rebanho total no município de 53,4 mil vacas ordenhadas. Essa produção resultou em um Valor Bruto de Produção de R$ 1,26 bilhão, montante superior ao total de R$ 1,20 bilhão alcançado em 2022.

Em relação a Carambeí, que se manteve na segunda posição, Castro tem uma produção quase 70% maior. No decorrer de 2023, um total de 269,8 milhões de litros de leite foram ordenhados, valor que é 184,1 milhões de litros inferior a Castro. Na comparação com 2022, quando o total ordenhado alcançou 255,6 milhões de litros, o aumento na produção foi de 14,2 milhões de litros, o que representa um incremento de 5,56%. Seu valor de produção foi de R$ 755,7 milhões.

O terceiro município que mais produziu leite no Brasil em 2023 foi Patos de Minas, mais uma vez, com 211 milhões de litros ordenhados. A distância para Carambeí, que era de 56,6 milhões de litros, agora passou a ser 58,7 milhões de litros. Esse valor também mostra o fato de que Castro produz mais que o dobro da terceira colocada no Brasil – a produção da Capital Nacional do Leite é 115% superior à cidade que mais produz leite fora dos Campos Gerais. A quarta colocada nacional é Patrocínio (MG), com 144 milhões de litros.

Outra cidade que ganhou destaque na produção nacional de leite foi Arapoti. A cidade, que foi a 10º colocada do Brasil em produção do líquido em 2022, passou a ser a oitava colocada, superando Carmo do Parnaíba (MG) e Pompéu (MG). Sua produção, que foi de 110 milhões de litros de leite em 2022 passou a ser de 113,3 milhões de litros em 2023.

EVOLUÇÃO - Entre as dez cidades que mais produziram leite em 2023, Castro teve o segundo maior crescimento na produção em termos percentuais, de 6,4%, e em volume, em 27,4 milhões de litros. O maior crescimento percentual e em volume foi de Poço Redondo (SE), que elevou sua produção de 80,3 milhões de litros para 109,8 milhões, o que significou um incremento de 29 milhões de litros – ou 35,9%.

VALORES - Em 2023, a produção estimada de leite de vaca foi de 35,4 bilhões de litros. O resultado corresponde a uma alta de 2,4% na produção nacional. O valor de produção do leite contabilizado em 2023 foi de R$ 80,4 bilhões, alta de 0,4% frente a 2022. O preço médio estimado foi de R$ 2,27 por litro de leite, recuo de 1,9% quando comparado aos R$ 2,31 pagos no ano anterior. “A atividade leiteira vinha em declínio e agora ocorreu um aumento em 2023, embora o número de vacas leiteiras tenha apresentado leve queda de 0,1%. Então este aumento da produção do leite se deu em função do aumento de produtividade”, explicou Mariana Oliveira, analista da PPM.

REBANHO - Apesar da produção recorde de leite no Brasil, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,7 milhões de vacas ordenhadas, 0,1% a menos do que em 2022, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979. Em Castro, a produção média foi de 8.490 litros por vaca, valor mais de quatro vezes superior à média nacional, de 2.254 litros por vaca. Castro tem o maior rebanho leiteiro do Brasil, com 53.475 cabeças. Carambeí, embora tenha a segunda maior produção do Brasil, tem apenas o 26º maior rebanho do país, com 27.178 cabeças. Isso significa que sua média de produção por animal, na casa de 9.929 litros por animal, é uma das maiores do Brasil.