Investimento aplicado na Unidade Puma II alcança R$ 12 bilhões
Valor investido pela Klabin neste segundo trimestre na segunda fase da unidade em Ortigueira foi de R$ 433 milhões, alcançando R$ 954 milhões no semestre. Máquina de Papel 28 já está em operação
Publicado: 01/08/2023, 18:36
A produção de papel-cartão na Máquina de Papel 28, que compreende a segunda fase do Projeto Puma II da Klabin, em Ortigueira, já foi iniciada. O start-up ocorreu no dia 9 de junho, mas os investimentos não pararam por aqui. Somente no segundo trimestre deste ano, entre abril e junho, a Companhia aplicou R$ 433 milhões na fábrica construída na região dos Campos Gerais. Somando o que foi aplicado no primeiro trimestre, um total de R$ 954 milhões foram injetados na segunda fase do projeto. No total, a empresa registrou R$ 1,34 bilhão de Ebitda Ajustado (Lucro antes dos Juros, Impostos, Taxas, Depreciação e Amortização) no segundo trimestre.
Somente na primeira fase do Projeto Puma II, que foi concluída com o início das operações da Máquina de Papel 27, em 30 de agosto de 2021, a Companhia investiu R$ 7 milhões no período de pouco mais de dois anos – as obras começaram em 3 de julho de 2019. Desde então, até o final de junho deste ano, foram mais R$ 5 bilhões consolidados nesse projeto, totalizando um investimento que já alcançou R$ 12 bilhões aplicados em quatro anos, se tornando o maior investimento da história da Companhia e o maior investimento privado da história do Paraná.
O aporte total que foi anunciado para a unidade é de R$ 12,9 bilhões. Segundo a Companhia, no release de resultados do segundo semestre, “os investimentos remanescentes para a conclusão do Projeto serão financiados pela posição de caixa da Companhia e pela geração de caixa proveniente dos negócios correntes, podendo ser complementado pelo saque de financiamentos já contratados e ainda não sacados junto a ECA’s, BID Invest, IFC, JICA e Finnvera, sem necessidade de contratação de financiamentos adicionais”.
A nova máquina tem capacidade de produção de 460 mil toneladas por ano e flexibilidade para produzir outros papéis, como White Top Liner e Kraftliner. Com tecnologia avançada, o equipamento foi projetado para desenvolver cartões com mais resistência e qualidade, direcionados, principalmente, para os segmentos de alimentos e bebidas, como embalagens longa vida, cerveja em lata e garrafa, industrializados (cereal, chocolate, pizza, entre outros) e para o crescente setor de food service (copos e bandejas).
Unidade tem investimento complementar
Cabe ainda lembrar que a Companhia comunicou ao mercado em 6 de dezembro de 2022 a aprovação pelo Conselho de Administração de um investimento complementar para produção de papel-cartão branco, o que permitirá a flexibilidade de produção de até 105 mil toneladas de papel-cartão branco em substituição ao papel-cartão marrom. De acordo com o documento de demonstrações financeiras, divulgado nesta terça-feira (1) a investidores, o investimento bruto orçado para a construção do Projeto Puma II, incluindo o investimento incremental para a conversão da máquina da segunda etapa para a produção de papel cartão, é de R$ 13,22 bilhões.
Neste mês de julho, a foi iniciado, em caráter teste, a produção do papel cartão, com uma quantidade inicial de 3.175 toneladas de cartão tipo Folding Box Board (FBB). Para viabilizar a produção de papel-cartão de alto padrão, foram realizadas adaptações e instalações específicas na MP28. Segundo a Companhia, a maior parte dos sistemas da máquina já opera de forma bem-sucedida.
Parada para manutenção
No segundo trimestre de 2023, conforme previsto, ocorreram as paradas gerais de manutenção, sendo na unidade Puma I (celulose) e Puma II (papéis). A parada teve duração de 18 dias, cinco a mais do que um evento típico, em função do aumento de escopo e interligações do Puma II, como preparação para a entrada em operação da MP28. Os custos de manutenção na unidade totalizaram R$ 155 milhões.