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Apreensões de contrabando sobem 149% na região

Valor foi registrado no decorrer de 2021. Houve aumento na apreensão de cigarros e produtos eletrônicos

Os cigarros corresponderam a pouco mais da metade dos produtos apreendidos
Os cigarros corresponderam a pouco mais da metade dos produtos apreendidos -

Fernando Rogala

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Valor foi registrado no decorrer de 2021. Houve aumento na apreensão de cigarros e produtos eletrônicos

As apreensões de produtos contrabandeados cresceram em 2021 na região dos Campos Gerais. De acordo com um balanço da delegacia regional da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, que abrange 64 municípios, R$ 57,17 milhões em produtos foram capturados nas estradas e no comércio das cidades dos Campos Gerais no ano passado. O valor é quase 150% superior aos R$ 23,06 milhões contabilizados em 2020. Desse total de R$ 57,17 milhões, pouco mais da metade, R$ 29,35 milhões, se refere às apreensões de cigarro, e chama a atenção um expressivo aumento na apreensão de produtos eletrônicos.

“No ano passado, tivemos o reforço de vigilância e na repressão, e tivemos também, decorrente disso, um aumento no número de operações realizadas. Toda semana realizamos duas ou três operações. Sempre buscamos fazer esse trabalho de inteligência, de unir a capacidade de servidores com recursos de tecnologia de informação para termos melhores resultados”, afirmou o delegado adjunto da Receita Federal na região, Marcelo Catarossi. Por esse motivo, o delegado explica que houve um acréscimo nas apreensões tanto no comércio em geral quanto em rodovias, através de denúncias e pelo trabalho de inteligência. 

No caso dos cigarros, houve um aumento de R$ 11,3 milhões nas apreensões – em 2020 foram cerca de R$ 17,76 milhões apreendidos em cigarros contrabandeados, o que corresponde a 3,54 milhões de carteiras. Em 2021, foram 5,79 milhões de carteiras de cigarro apreendidas. Contudo, em 2020, os cigarros representaram 77,01% do total apreendido pela Receita, ao passo que em 2021 esse percentual caiu para 51,33%. “Com o foco de operações em ônibus, vans e veículos menores, houve um aumento na apreensão de eletrônicos, que tem um valor agregado mais alto. Também tivemos a apreensão de cargas de vinhos e outros produtos em geral, com valor agregado mais alto”, destacou Catarossi. 

Entre esses eletrônicos, os principais itens apreendidos foram os aparelhos celulares/smartphones. A possibilidade é que, com o aumento do custo de vida, com a inflação em alta, a oferta de produtos contrabandeados aparece mais ‘tentadora’ ao consumidor. Porém, isso traz consequências, não apenas da injusta concorrência, que inclusive impacta no mercado de trabalho formal, mas também a problemas ao consumidor, que pode ser lesado. “Há essas alternativas mais baratas, mas nem sempre elas são benéficas. Porque há produtos de baixa qualidade, produtos falsificados, sem garantia, então não é recomendado”, conclui Catarossi, que confirmou a manutenção e a ampliação das operações em 2022, de modo que a Receita Federal cumpra seu papel junto à sociedade.

Doações passaram de R$ 8 milhões

Em 2020, a Receita Federal fez R$ 25,7 milhões em destinações de produtos apreendidos. No total, R$ 21,8 milhões foram destinados à destruição – como cigarros, bebidas, entre outros produtos. Outros R$ 3,13 milhões foram para leilão e R$ 682,2 mil destinados para doação a órgãos da administração pública. Já em 2021, houve a destinação de R$ 41,5 milhões em produtos, sendo R$ 28,9 milhões para destruição. Para leilão, foram destinados 4,24 milhões, ao passo que em doações a órgãos da administração pública foram destinados R$ 2,85 milhões, e a entidades beneficentes R$ 5,43 milhões. Ninguém que recorreu às apreensões em 2021 conseguiu reaver as mercadorias apreendidas.

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