Região fica sem perícias do INSS até ano que vem
Publicado: 03/09/2015, 12:52

A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já passa dos 60 dias em Ponta Grossa e os reflexos diretos da paralisação estão sendo sentidos pela população. A diretora local do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Assistência Social e Trabalho (Sindprev), Glaci das Graças Carneiro, informou que apenas no ano que vem os serviços serão normalizados. “Algumas perícias estão sendo reagendas somente para 2016”, comentou.
A adesão à greve no município segue em aproximadamente 80%. Os outros 20% mantém os serviços essenciais. Há atendimentos, por exemplo, de perícia para pessoas que vêm de fora. “Com isso cumprimos a exigência legal em relação aos serviços prestados durante o período de paralisação dos servidores públicos”, explica Glaci. Apesar da notícia preocupante, a diretora do Sindicato local ressalta que deverão ser pagos os retroativos para quem necessitou do serviço e não foi atendido. Os valores serão calculados a partir da data marcada para a primeira perícia. “Essa data será válida para comprovar o início do processo junto ao INSS”, frisou Glaci.
A categoria solicita um aumento de 27% dividido em três anos. O Governo Federal sugere 21%, divido em quatro anos, mais alguns benefícios. Entre as outras reivindicações dos grevistas estão à incorporação das gratificações; plano de cargos e carreiras; 30 horas de trabalho para todos os servidores; concurso público para repor quadro funcional; fim do assédio moral e terceirizações, além da isonomia salarial e paridade entre ativos e aposentados.
Até o fechamento desta edição do Jornal da Manhã ainda não havia uma decisão em relação à assembleia geral dos grevistas em Curitiba iniciada na tarde de ontem. “Ao que tudo indica as discussões seguirão pela madrugada”, completou Glaci no início da noite de quarta-feira.
Médicos peritos deverão parar
A greve do INSS promete ganhar contornos mais dramáticos se for confirmada nesta quinta-feira a adesão ao movimento por parte dos médicos peritos. Segundo a diretora local do Sindprev, Glaci das Graças Carneiro, a orientação nacional é que esses profissionais também cruzem os braços. “Porém, ainda não existe um consenso da categoria aqui em Ponta Grossa”, afirmou. Glaci explica que a paralisação seria uma consequência, visto que é impossível os médicos executarem suas funções sem o apoio da parte administrativa.
Informações do Jornal da Manhã.