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Região terá aporte de R$ 2 bi no setor de energia elétrica

Engie venceu leilão da Aneel e irá construir mais de 1,1 mil km’s de linhas de transmissão, que irão passar pelos Campos Gerais

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Fernando Rogala

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A Engie Brasil Energia, maior produtora privada de energia elétrica no Brasil, realizará um investimento bilionário na região dos Campos Gerais do Paraná. A empresa foi a vencedora de um leilão de linhas de transmissão, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Integram esse lote 1.146 quilômetros de extensão, subdivididos em oito novas linhas de transmissão e trechos complementares, dos quais, expressiva parte estará nos Campos Gerais, passando por Ponta Grossa. No trecho, também serão construídas cinco subestações de energia, três das quais na região, totalizando um aporte de R$ 2,01 bilhões. A previsão de início das obras é para o final de 2019.

José Laydner, diretor de Geração da Engie Brasil Energia, revelou ao Jornal da Manhã e Portal aRede que ainda estão sendo realizados os estudos iniciais. “O projeto está na fase de estudos locacionais, que contempla basicamente a execução da topografia, sondagens de campo, aerolevantamento, licenciamento ambiental e cadastro fundiário dos proprietários atingidos, para definição de um traçado preliminar. Ao mesmo tempo, estão sendo elaborados os projetos de engenharia das linhas e subestações”, informa. 

O investimento consiste na constrição de duas linhas, com dois circuitos de 525kV, e seis linhas de 230kV, além de mais cinco trechos de seccionamentos de linhas de 230kV. As novas subestações serão construídas em Ponta Grossa, Irati, Castro, União da Vitória e Guarapuava, e as ampliações necessárias, em subestações já existentes, para a conexão das novas linhas, ocorrerão nos municípios de Areia, Bateias, Ivaiporã, Ponta Grossa Sul e São Mateus do Sul.

Conforme explicou Laydner, o empreendimento fará parte do Sistema Interligado Nacional, cujo planejamento e programação da operação estão à cargo do Operador Nacional do Sistema Elétrico. As instalações serão conectadas inicialmente às instalações da Copel Geração e Transmissão, da Eletrosul e da Copel Distribuição. “As usinas de energia elétrica são, na sua maioria, construídas longe dos centros consumidores (cidades e indústrias). É por isso que a eletricidade produzida pelos geradores tem de viajar por longas distâncias, em um complexo sistema de transmissão”, explica. 

Ao sair dos geradores, a eletricidade começa a ser transportada por meio de cabos aéreos -fixados em torres, que formam a rede de transmissão, os quais serão construídos pela Engie. Laydner esclarece a necessidade das subestações. “No caminho, a eletricidade passa por diversas subestações, onde transformadores aumentam ou diminuem sua voltagem. Quando a eletricidade chega perto dos centros de consumo, as subestações diminuem a tensão elétrica”, completa.

O prazo da concessão do serviço público de transmissão, incluindo construção, montagem, operação e manutenção das instalações de transmissão será de trinta anos, a contar da data de assinatura do contrato de concessão, e a estimativa é de geração de mais de 4 mil empregos diretos, segundo a Engie.

Ruralistas serão indenizados

A partir do momento que os estudos sejam concluídos e haja o traçado definido, são efetuados os levantamentos do imóveis afetados pela linha de transmissão. Nesse levantamento, serão identificados os proprietários atingidos, segundo a empresa, além das culturas e benfeitoras reprodutivas e não reprodutivas, as quais serão indenizadas. O valor das indenizações será avaliado com base numa ampla pesquisa de preços, que considera com base os valores da região. “A chamada faixa de servidão é uma área que fica no entorno da linha de transmissão. Por questões de segurança, a partir da execução das obras alguns usos anteriormente possíveis desta área ficarão restritos. No entanto, ela continuará de posse dos seus atuais donos e a empresa indenizará por esta restrição de uso na faixa de servidão”, esclarece o diretor de Geração da Engie. Ele informa que esse pagamento é único e a servidão é instituída de forma perpétua.

Traçado da linha irá passar por 25 municípios do Paraná

Como a empresa ainda está na fase inicial do projeto, o comprimento e o traçado exato não estão ainda definidos. O objetivo é sempre obter um traçado que envolva o menor impacto social e ambiental e também o menor investimento, já que o objetivo do governo é a modicidade tarifária. O projeto prevê que as linhas devem passar por 25 municípios paranaenses: Ariranha do Ivaí, Balsa Nova, Campo Largo, Cândido de Abreu, Carambeí, Castro, Cruz Machado, Guarapuava, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Manoel Ribas, Palmeira, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Pitanga, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Prudentópolis, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, Teixeira Soares, Turvo e União da Vitória.

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