Em PG, abaixo-assinado pede retorno dos 'talões' do EstaR

Vereador organiza abaixo-assinado pela volta dos blocos de EstaR em PG

Jorge da Farmácia (PDT) busca reunir apoio em prol do retorno dos blocos de papel usados na 'Zona Azul'. Justiça avalia processo que trata do tema

O vereador Jorge da Farmácia (PDT) busca coletar assinaturas em prol da volta dos talões de papel do Estacionamento Regulamentado (EstaR) em Ponta Grossa. Através da internet (clique aqui para acessar o abaixo-assinado), o vereador busca apoio para a volta dos talões até que a "população se adapte" ao sistema digital lançado pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) - o sistema digital é o único vigente desde o começo de 2020.

Nesta quarta-feira (29), Jorge visitou a redação do portal aRede para conceder uma entrevista sobre o tema (assista no player acima). O vereador destacou a necessidade de um maior período de adaptação para que parte da população se adapte ao novo sistema. "Não sou contra o novo sistema digital, mas foi tudo muito rápido, uma parte da população ainda não se adaptou”, comentou Jorge.

O vereador move na Justiça um processo contra a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), responsável pelo EstaR. “Essa foi a única maneira que nós conseguimos de questionar esse processo tão acelerado do EstaR. Optamos por isso para fazer com que a Justiça avalie se a postura da Prefeitura foi correta com os cidadãos”, disse o vereador. 

Durante a entrevista, Jorge da Farmácia lembrou que boa parte dos usuários da Zona Azul são idosos ou pessoas de outra cidade que não tem a obrigação de possuir o aplicativo baixado no celular. “Além disso, os pontos de venda tem um limite muito pequeno de créditos do EstaR a serem vendidos por dia. E o cidadão só pode comprar créditos com cartão de crédito ou débito”, disse o vereador.

Jorge acredita que é necessário um período maior para adaptação dos motoristas com o novo sistema. O EstaR tem funcionado no sistema digital e com pontos de venda desde o começo de 2020 - os blocos físicos poderiam ser trocados na sede da AMTT até o último dia 18 de janeiro. A proposta de mudança no sistema do Estacionamento Regulamentado não passou pelo Legislativo. 

Sugestões ao projeto original

No âmbito do Legislativo Municipal, Jorge da Farmácia (PDT) chegou a apresentar sugestões e minutas de projetos de lei ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB) sobre o tema. Uma das sugestões de Jorge é que o controle do aplicativo acontecesse não pela placa do veículo, mas sim pelo CPF do responsável pelo carro. 

Já a outra sugestão previa que caso os agentes da AMTT flagrassem um veículo estacionado, sem o registro, mas esse mesmo veículo tivesse ligado a um cidadão com créditos no aplicativo, a AMTT deveria validar duas horas de estacionamento ao invés de aplicar a multa de R$ 20.