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Região conclui colheita com safra recorde de soja

Média de produtividade, de 4,03 toneladas por hectare, foi superior, inclusive, à da ‘supersafra’

Soja e milho já foram colhidos na região
Soja e milho já foram colhidos na região -

Fernando Rogala

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Média de produtividade, de 4,03 toneladas por hectare, foi superior, inclusive, à da ‘supersafra’

A produtividade de soja foi a maior da história na região dos Campos Gerais nesta safra 2019/2020. Com a colheita já concluída em 100% nos 19 municípios englobados pelo núcleo regional de Ponta Grossa do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), o rendimento médio atingiu a marca de 4.035 quilos por hectare, sendo a primeira vez que superou a quantia de 4 mil quilos/hectare. Como esse cultivar foi plantado em uma área total de 555,12 mil hectares, foram colhidos 2,24 milhões de toneladas do grão, a maior quantia da história para uma única safra. No Paraná, a tendência foi a mesma: a safra foi recorde, de 20,7 milhões de toneladas.

O economista do Deral em Ponta Grossa, Luiz Alberto Vantroba, atribui esse resultado a uma combinação de fatores, que vão além do clima, como a profissionalização constante dos produtores, desenvolvimento de tecnologias em sementes e os investimentos em equipamentos e tecnologia de precisão. “O clima foi favorável para parte da cultura, a tecnologia conhecida na nossa região, do plantio direto; a agricultura de precisão, o manejo e a condução das lavouras, a assistência técnica, as máquinas novas e modernas; e a ciência, com as novas variedade, mais produtivas, com alto potencial e bons resultados”, ressaltou ele.

Ele acrescenta que esse resultado poderia ser melhor, na casa de 4,2 mil hectares, caso não houvesse a forte estiagem iniciada em fevereiro, e que reduziu a produtividade de cerca de 20% da área total plantada, junto aos que plantaram entre meados de novembro e dezembro. Vantroba informa que as melhores médias de produção foram registradas em Carambeí, Castro, Ponta Grossa, Tibagi, Pirai do Sul, Palmeira e Ipiranga. “Esses se destacaram bem; em algumas áreas a produtividade chegou a 4,5 ou 5 mil quilos por hectare”, completou. 

Assim como a produção, o preço da soja tem bons indicativos neste mês. Na semana passada, a saca de 60 kg estava sendo comercializada a R$ 88,00, preço 33% maior do que no mesmo período do ano passado, quando o preço pago ao produtor era de aproximadamente R$ 66,00. Com isso, as vendas da produção estão bastante avançadas. “A valorização do dólar contribuiu para isso, pois tornou a soja brasileira mais atraente no mercado externo. E a China, nosso maior consumidor, aproveitou esse momento”, diz o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Com o início da semeadura dos cereais de inverno, consolidou-se uma estimativa de área 6% maior que no ano anterior para essas culturas, com 1,4 milhão de hectares. Com isso, a produção total de grãos no Paraná poderá chegar a 41,6 milhões de toneladas em 2020.

Milho já foi todo colhido na região

O milho também já foi colhido na região dos Campos Gerais. O rendimento, de 10.860 quilos por hectare, rendeu a colheita de 721 mil toneladas nos 66,4 mil hectares plantados. “O milho foi melhor, a estiagem não pegou tanto. A produtividade ficou em 10.860 quilos por hectare, uma safra boa também em produtividade, favorecido pelos fatores já comentados”, alega o economista Luiz Alberto Vantroba. No Estado, a produção está estimada em 3,5 milhões de toneladas em uma área de aproximadamente 353 mil hectares

Seca ‘quebra’ safra de feijão e preço já sobe nos mercados

Por outro lado, o feijão de segunda safra não tem boas perspectivas. Impactado diretamente pela seca, a estimativa é de uma quebra de 30% na produtividade. Nos 44 mil hectares plantados, as regional saiu de uma média de 2,2 mil quilos por hectare para algo estimado próximo de 1,6 mil quilos. “Agora com a estiagem já estamos trabalhando com 1,6 mil quilos por hectare, podendo piorar, se não chover, porque já em fase de colheita. Cerca de 30% do total já foi colhido, e essa colheita deve se estender até final do mês. Como é uma cultura de ciclo curto, qualquer falta de chuva causa transtorno”, diz Vantroba. Com isso, os reflexos já são sentidos nos mercados, com a alta nos preços

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