Cinema
‘A Múmia’ garante bom início para o Dark Universe
A Universal Pictures, um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood, pretende dar “nova roupagem” a monstros clássicos do cinema como Drácula, Frankenstein e Lobisomem, além de promover a expansão e o cruzamento da narrativa de cada um dos filmes lançado
Da Redação | 17 de junho de 2017 - 02:49
A Universal Pictures,
um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood, pretende dar “nova roupagem” a
monstros clássicos do cinema como Drácula, Frankenstein e Lobisomem, além de
promover a expansão e o cruzamento da narrativa de cada um dos filmes lançados.
‘A Múmia’ é o marco zero dessa proposta e, a julgar pelo que se vê, o chamado Dark
Universe promete.
O filme dirigido por
Alex Kurtzman constrói toda uma contextualização bélica, arqueológica,
histórica e religiosa para mostrar como a princesa egípcia Ahmanet (Sofia
Boutella) tornou-se um perigo embalsamado prestes a renascer e provocar o mal
supremo nos dias atuais. Em meio a toda essa contextualização, é simbólico (ou
irônico mesmo) ver que a Mesopotâmia, atual Iraque, local apontado como “berço
da civilização”, seja enfocada como região onde acontece algo nada civilizado:
monumentos históricos milenares sendo destruídos por tiros.
Entre urubus, aranhas
e ratos que lembram sutilmente as pragas do Egito expostas no relato bíblico;
beijos amaldiçoados que criam seres semelhantes a zumbis; muita ação, aventura
e pancadaria, ‘A Múmia’ encontra alívio cômico no personagem de Tom Cruise. O
astro interpreta o soldado Nick Morton, um cara de moral torta, chegado a
furtos de relíquias e que é alçado ao posto de contraponto ao mal representado
pela personagem-título.
Com ritmo frenético no
estilo quanto-mais-agito-palavras-e-explosões-por-segundo-melhor, o lançamento
oficial do Dark Universe da Universal Pictures tem ainda Russell Crowe no
elenco, interpretando o Dr. Henry Jekyll. Ele será para os monstros da
Universal o equivalente ao que Nick Fury (Samuel L. Jackson) representa para os
Vingadores.
Mesmo pincelando vários
gêneros em um só trabalho, ‘A Múmia’ orquestra todos eles com uma só
finalidade: evitar que o espectador deixe de direcionar atenção para a tela. E
consegue. Até o desfecho. Um desfecho bem conduzido que é capaz tanto de
surpreender quanto de pavimentar o caminho para a ampliação do Dark Universe.