Alunos mergulham na história da Colônia Witmarsum em Palmeira
Características culturais, como preservação de costumes, análise da história geológica e um amplo bate-papo engajaram alunos dos quintos anos da Escola do Campo que leva o nome da localidade
Publicado: 28/10/2022, 11:22
Os quintos anos A e B da Escola Municipal do Campo de Witmarsum puderam conhecer mais sobre a história da Colônia que dá nome à instituição de ensino. Segundo Alexsandra Schweigert de Oliveira, a professora Sandy, esse resgate ao passado foi contado por Hans Ulrich Kliewer, em seu café colonial situado na Colônia Witmarsum.
“O passeio contou com uma parada no patrimônio natural, as estrias Glaciais, um sítio arqueológico onde é possível ver um pavimento polido com sulcos e estrias formadas pelo período carbonífero, aproximadamente 360 a 270 milhões de anos atrás. Seguindo o trajeto, Hans nos recepcionou e nos relatou que antes toda a extensão de terra era uma fazenda nominada de Fazenda Cancela, do senador Roberto Glasser”, aponta a educadora.
GALERIA DE FOTOS
A docente também falava do dia 7 de junho de 1951, quando imigrantes alemães menonitas, vindos de Santa Catarina e Paraguai, compraram as terras e foram à Colônia com suas famílias. Assim, encontraram no solo dos Campos Gerais uma terra mais plana para o trabalho.
“No início vieram aproximadamente 50 famílias, que se instalaram no ‘centro’, onde havia a casa da fazenda, e galpões. Aos poucos, em trabalho comunitário, construíram casas e estradas e o centro passa a ser local de negócios, escola e igreja. A casa da fazenda então passa a ser pousada aos novos imigrantes que iam chegando, depois se tornou por muito tempo o hospital do local e atualmente preserva a história sendo mantido no local um museu, hoje em processo de restauração”, relata Sandy.
Ainda, a professora cita que a fazenda passou a ser chamada de Colônia Witmarsum, com o povo mantendo tradições na preservação da língua alemã, falada entre famílias e ensinada na escola. “Assim como o dialeto ‘Plautdeutsch’, tombado como patrimônio imaterial, a preservação da cultura no trabalho com a agricultura e com a pecuária, e na fé com as igrejas menonitas”, complementa a educadora.
“A interação entre passado e presente resultou em muitas perguntas e curiosidades com Hans. Depois todos se alegraram com um delicioso lanche oferecido pelo Café Kliewer. Essa turma é nota 10 em aprendizagem, não parando de descobrir nossa história, percebendo que ao conhecer o passado, seguimos melhorando o futuro”, conclui a docente.
Acesse o blog escolar da Escola do Campo de Witmarsum clicando aqui.
