PG é citada em relatório da PF sobre plano de golpe de Estado
Documento ficou público nesta terça-feira (26) e o Portal aRede teve acesso ao relatório de 884 páginas; leia ele na íntegra
Publicado: 26/11/2024, 18:27
Ponta Grossa foi citada duas vezes no relatório da Polícia Federal (PF), de 884 páginas, que explica uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O documento se tornou público nesta terça-feira (26), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirar o sigilo do inquérito.
A investigação da PF que indiciou o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), e outras 36 lideranças, também foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se Bolsonaro e os demais acusados serão denunciados ao Supremo pelos crimes imputados pelos investigadores – entenda a situação acessando aqui.
PONTA GROSSA – O município ponta-grossense foi citado nos assuntos referentes a Filipe Garcia Martins, na época, assessor da presidência para Assuntos Internacionais. Ele foi preso na cidade em 8 de fevereiro de 2024, num apartamento no Centro – reveja a notícia aqui. Na época, as autoridades de segurança tiveram trabalho para localizar Filipe.
Segundo a Polícia Federal, ele “atuou de forma proeminente na interlocução com juristas para elaborar uma minuta de teor golpista que posteriormente foi apresentada ao então presidente Jair Bolsonaro, aos Comandantes das Forças Armadas e ao ministro da Defesa em 7 de dezembro de 2022, em reunião no Palácio da Alvorada”, diz o documento que o Portal aRede teve acesso.
Especificamente sobre Ponta Grossa, durante a ‘Operação Tempus Veritatis’, as autoridades relatam sobre a localização de Filipe. “O porteiro do apartamento da companheira de Filipe Martins confirmou a equipe policial que o investigado apenas frequentava o imóvel, localizado a cidade de Ponta Grossa (PR)”. Durante a prisão, a PF também explica que Filipe confirmou que não morava no município.
Por fim, a Polícia Federal elucida que as equipes “cumpriram os mandados de busca e apreensão nos endereços relacionados a Filipe Martins”, porém, “não lograram êxito em localizar passaportes do investigado, o que evidencia que o mesmo se furtava ao controle migratório regular que poderia alertar as autoridades sobre eventuais saídas do Brasil”.
Leia o relatório na íntegra clicando aqui.
EX-PRESIDENTE – Com a publicação do relatório, também foi identificado que pela Polícia Federal que Jair Messias Bolsonaro atuou de “forma direta e efetiva” nos atos executórios para tentar um golpe de Estado em 2022. Ainda de acordo com as autoridades de segurança, Bolsonaro tinha conhecimento sobre o planejamento das ações para tentar atentar contra a democracia brasileira.
"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de estado e da abolição do estado democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", diz o relatório.
Acesse mais detalhes no Portal aRede aqui.