Celebração na Catedral Sant’Ana encerra Ano Vocacional 2023
O encerramento do Ano Vocacional contou com os símbolos que representam as vocações no território diocesano
Publicado: 28/11/2023, 11:42
Uma celebração que começou justamente com a reza de uma dezena do Santo Terço pelas vocações, como é feito em toda a Diocese, antes de missas, adorações e reuniões do Povo de Deus. O encerramento do Ano Vocacional contou com os símbolos que representam as vocações no território diocesano: o barco, ícone que lembra justamente a oração da dezena; a vela, que remete ao ardor levado aos encontros com os jovens, às escolas, caminhadas, formações, nas visitas aos seminários e aos espaços da vida consagrada, e, a imagem de Maria, Mãe das Vocações que peregrinou pelas comunidades, ajudando as pessoas a rezarem, pedindo vocações e por suas próprias vocações. A missa, presidida pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi, aconteceu na Catedral Sant’Ana, ontem (26), às 15 horas, e marcou também a abertura oficial da programação do centenário da Diocese de Ponta Grossa.
A tônica da celebração foi justamente a necessidade de sairmos de nós mesmos para assumirmos a missão vocacional e que o compromisso permanece: fazer crescer a ideia que Jesus é o centro da vida de todos os vocacionados. Assim lembrou Dom Sergio quando citou o dom da vocação de todos os batizados. “Hoje, rezamos pelos leigos e leigas que ajudam na Igreja. Feliz por poder saudar todas e diferentes vocações aqui representadas”, disse o bispo, dirigindo-se aos reitores dos seminários São João Maria Vianney, padre Jaime Rossa; Propedêutico Mãe da Divina Graça, em Carambeí, padre Marcelo Rodrigues do Carmo, e, Menor Mãe de Deus, em Irati, padre Hélio Guimarães, como também a padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora; padre Sílvio Mocelin e diácono Metódio Retexim, missionários diocesanos na Prelazia de Lábrea, e religiosas e religiosos.
Ao comentar o tema do Ano Vocacional 2023 – ‘Vocação: Graça e Missão’ - Dom Sergio destacou que os diocesanos entendem bem esse significado por terem como padroeira a Mãe da Divina Graça. “Deixemos que a graça aqueça nossos corações e lembremos o Cristo que caminha conosco, aquecendo os corações como fez em Emaús”, enfatizava. Com os ‘corações ardentes e pés a caminho’, como orienta o lema do Ano Vocacional, se iniciam as preparações para o jubileu de 100 anos da Diocese, enfatizou o bispo, enumerando que as comemorações se darão por fases, iniciando com a etapa paroquial e o resgate de histórias das comunidades, reconhecer caminhos e pessoas importantes na vida das mais de 640 capelas, no interior e na periferia das cidades. “Falar da Igreja Viva. Ir muito além da história dos templos”, sugeriu.
Dom Sergio também mencionou o segundo volume do livro com a história da Diocese, que está sendo escrito e onde constarão os dados históricos das comunidades e seus personagens. “Temos já os primeiros cinquenta anos registrados em um livro. Agora, vamos descrever os corações ardentes dos que nos transmitiram a fé, de geração a geração, pela tradição. Porque a Palavra nos chega pela Sagrada Escritura e pela Sagrada Tradição e nos é entregue como um tesouro”, ensinou. O bispo ainda assinalou a transmissão da Palavra pela vida litúrgica para falar do novo Missal Romano, que foi utilizado já na celebração de domingo. “O novo Missal que vai estar conosco nas próximas décadas, que vai estar muito em foco na vida eclesial, vem da tradição apostólica, o modo católico de celebrar e que contém mudanças necessárias pelas mudanças da Humanidade, mas sem perder os valores essenciais”, explicou Dom Sergio.
O coordenador do Serviço de Animação Vocacional, padre Martinho Hartmann, contou que, desde novembro de 2022, quando foi aberto o Ano Vocacional do Brasil, em sintonia com o restante da Igreja, na Diocese, foi entregue a cada paróquia uma imagem da Mãe das Vocações, junto o símbolo vocacional e uma vela, a ‘chama ardente’. “Oferecendo esse singelo presente às paróquias quisemos incentivar e fomentar o Serviço de Animação Vocacional nas paróquias e nas comunidades que a formam. Foi uma surpresa o quanto as paróquias trabalharam com a imagem, com ela peregrinou nas capelas, em vários setores, rezando, incentivando e promovendo a cultura vocacional. Também tivemos, durante o ano, muitos encontros, retiros, que levaram os jovens a conhecer as casas religiosas e seminários, além de formações nas paróquias, nos diversos setores da Diocese, sobre as equipes vocacionais paroquiais, onde foi oferecida reflexão sobre o que é a equipe, sua missão e como atua na comunidade, ajudando-nos assim também no serviço de animação não só paroquial, mas da Igreja”, enumerou padre Martinho.
Mesmo celebrando o encerramento do Ano Vocacional, as atividades nunca se encerram, garantiu o coordenador do SAV. “É um trabalho contínuo e permanente. Ainda mais agora com as celebrações do centenário...Que seja também um trabalho de resgate de quantas vocações já despertaram na Diocese ao longo desses quase 100 anos. E queremos fazer com que a Diocese, nesses anos que antecedem o jubileu, nessa preparação, possa também fomentar e trabalhar o aspecto vocacional diocesano”, instigou.
Vilma Kaspchak, coordenadora da equipe vocacional da Paróquia Santo Antônio, de Imbituva, contou que a abertura do Ano Vocacional teve carreata pelas ruas da cidade, que os integrantes das equipes percorreram todas as comunidades, houve missas e terços vocacionais. “Estamos fazendo a visita itinerante da Mãe das Vocações em cada comunidade. Em umas vai levar dois meses, em outras, três meses. Procuramos estar sempre em sintonia com o pároco (padre Euzébio Spisla) e temos a assessoria do diácono Élcio (Kaspchak). Tem sido graça sobre graça. Nas comunidades, especialmente do interior, é muito boa a participação, acolhem bem as equipes”, detalhou. Segundo Vilma, há muitas vocações na paróquia. “Rezamos pelo seminarista João Rodrigues, que está no segundo ano de Filosofia, no Seminário São João Maria Vianney, aqui em Ponta Grossa”, acrescentou. Existem equipes vocacionais em cada uma das 39 comunidades da paróquia. Somente na equipe vocacional paroquial são 26 integrantes. À celebração vieram 21 pessoas.
Centenário - Dom Sergio pediu que todos se envolvam nas comemorações dos 100 anos da Diocese. “Precisamos fazer o resgate de nossa história. Agradeço muito a Deus por tudo o que já vivemos”, frisou o bispo.
O lançamento do segundo volume do livro sobre a história da Diocese citado por Dom Sergio está marcado para o dia 10 de maio de 2026. Na programação das comemorações está ainda a escolha de um slogan do jubileu (‘Diocese de Ponta Grossa: 100 anos de vida e comunhão, esperança e missão’). Também, até maio de 2024, será criado o hino do centenário e o logotipo.
No âmbito pastoral, a coordenação da Ação Evangelizadora vai organizar o Ano Paroquial, de 2024 a 2025, para que, no espírito de oração e comunhão, se revisite ou resgate a história das comunidades paroquiais. Entre 2025 a 2026, será celebrado o Ano Diocesano, que terá como tema a ‘diocesainedade’ e, com isso, o caminho do discernimento pastoral que o Sínodo sobre a Sinodalidade está propondo ajudará na comunhão, missão e participação. Destaque para a importância das Pastorais, Movimentos, Organismos e Associações diocesanas na efetivação do Plano Diocesano de Pastoral, em vista da Pastoral Orgânica e Pastoral de Conjunto.
Em sintonia com o Ano Santo de 2025, que vai festejar os primeiros vinte e cinco anos do século XXI, no Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proposto pelo Papa Francisco, na Diocese se pretende dedicar o ano de 2024 a uma grande ‘sinfonia’ de oração. Um ano intenso de oração, em que os corações se abram para receber a abundância da graça. O caminho diocesano em vista do jubileu do seu centenário poderá ser enriquecido na comunhão com a Igreja do mundo e de todo o Brasil. Está previsto também um gesto concreto em prol da Catedral Sant’Ana, nossa igreja-mãe. A ação ainda precisa ser melhor delineada e amadurecida, o que deve ocorrer, segundo padre Joel Nalepa, a partir da reflexão conjunta das comunidades que integram a Diocese.
Das assessorias