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Cesta básica de PG chega ao maior valor de sua história, aponta UEPG

Dos 33 produtos avaliados, 12 caíram e 20 subiram; valor representa 70,59% de um salário mínimo

Levantamento aponta um aumento de 0,8% no preço da cesta básica
Levantamento aponta um aumento de 0,8% no preço da cesta básica -

Rodolpho Bowens

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A cesta básica em Ponta Grossa atingiu, na primeira semana de janeiro de 2023, o maior valor registrado até agora pelos pesquisadores do departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O conjunto de 33 produtos que compõem a cesta básica para uma família pode ser adquirido por R$ 855,50 nos supermercados da cidade. Entre a primeira semana de dezembro de 2022 e a primeira semana de janeiro de 2023, o valor dos itens da cesta básica aumentou 0,8% - o último levantamento apontava o gasto de R$ 854,80 para a aquisição da cesta básica.

No acumulado do ano, ou seja, ao se comparar os preços da primeira semana de janeiro de 2022, com os da primeira semana deste ano, o aumento no preço foi de 13,9%. Na época, o valor pago era de R$ 751, o que corresponde a uma elevação de R$ 104,46. É um valor acima da inflação oficial (que deve fechar na casa dos 5%) e superior ao aumento do salário mínimo para esse ano, que foi na casa de 8,9%. Já na comparação com janeiro de 2021, quando a cesta básica custava R$ 657,48 na cidade, o aumento é de 30%, ou R$ 198,02.

Na comparação com dezembro do ano passado, dos 33 produtos de alimentação, higiene e limpeza, apenas um manteve seu preço; outros 12 caíram e 20 subiram. O item que mais aumentou foi a batata, com variação de 28,44%, e o de maior queda foi a cebola, que ficou 24,22% mais barata. Dentre os cinco grupos, o de maior aumento foi a Carne, com 3,67%.

O grupo alimentação geral teve uma queda de 1,84%, com a maior variação positiva no preço do sal, que subiu 11,13%, e maior variação negativa no leite, de 10%. A batata, que subiu 28,44%; e a cebola, que caiu 24,22%, são os destaques do grupo de hortifrutigranjeiros, que ficou com uma variação positiva de 1,83%. Já as carnes aumentaram 3,67% – a carne bovina subiu 6,53% e o frango caiu 2,19%. Para adquirir produtos de higiene, os consumidores terão que desembolsar 0,44% a menos, sendo que o produto que mais subiu foi o condicionador, com 8,01% de aumento, e o que mais caiu, o papel higiênico (8,95%). No grupo limpeza, o aumento geral foi de 3,53%, a esponja ficou 15,54% mais cara e o desinfetante ficou 4,46% mais barato.

Renda

Considerando o salário mínimo de R$1.212, pago em janeiro, uma família com renda mensal de apenas um salário mínimo gastaria cerca de 70,59% de sua renda com os produtos da Cesta Básica. O percentual para as famílias de dois, três, quatro e cinco salários mínimos é de, respectivamente, 35,29%; 23,53%; 17,65%; e 14,12% da renda mensal, com o salário mínimo de 2022.

Levantamento

A pesquisa acompanha os preços de 33 produtos de alimentação, higiene e limpeza nos sistemas de delivery dos supermercados de Ponta Grossa, utilizando como base a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2016. Esses produtos compõem o consumo básico de famílias com, em média, três membros e renda de um a cinco salários mínimos. “O Índice Cesta Básica (ICB) não deve ser confundido como aferidor de inflação, além de ser exclusivo para representar as compras efetuadas pelo sistema delivery dos supermercados ponta-grossenses”, destacam os pesquisadores.

Valor sofre aumento

O último levantamento apontava uma cesta básica de R$ 854,80 em Ponta Grossa. Na época, uma família que tivesse uma renda mensal de apenas um salário mínimo, gastaria cerca de 70,53% de sua renda - relembre a situação acessando aqui.


Com informações da assessoria de imprensa UEPG

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