Mudança no Casa Verde e Amarela deve elevar vendas
Alterações valem a partir desta segunda-feira. Principal alteração é o aumento de limite das faixas de renda e a redução na taxa de juros
Publicado: 18/07/2022, 16:09
Alterações valem a partir desta segunda-feira. Principal alteração é o aumento de limite das faixas de renda e a redução na taxa de juros
As mudanças aprovadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com alteração nas faixas de renda e elevação do teto do programa Casa Verde Amarela (CVA), passaram a valer a partir desta segunda-feira (18). As principais modificações se concentraram nos grupos 2 e 3, sendo que a faixa 1, a mais baixa, com renda familiar até R$ 2,4 mil, ficou de fora.
Em uma live, promovida pela
Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), o secretário do Ministério
do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Santos, explicou as novas taxas de
juros no enquadramento das faixas de renda. Segundo ele, essa proposta terá
reflexo direto na capacidade de compra dos imóveis para habitação.
“A primeira é para famílias que
ganham entre R$ 2,6 mil até R$ 3 mil, a redução da taxa de juros será de 0,75%,
passando para 5,25%. Já a segunda faixa, que engloba renda familiar entre R$ 3
mil a R$ 3,7 mil, haverá redução de 1%. Ainda no grupo 2 foi criada uma
subfaixa, entre R$ 3,7 mil até R$ 4,4 mil, que terá taxa de 7%, obtendo uma
redução de 1,16% comparado ao índice anterior. Para finalizar, o grupo 3 será
ampliado para renda familiar de até R$ 8 mil, com juros de 8,16%”, disse.
E houve readequação também na
taxa de juros para o financiamento de imóveis até R$ 350 mil. Com a redução, esta
cairá de 8,66% ao ano para 7,66%. De acordo com Alfredo Santos, é uma medida
importante também para as empresas porque traz uma proteção maior e evita que haja
uma aceleração nos distratos.
Para o presidente da Associação
Paranaense de Construtores (APC), Ariel Tavares, que também é empresário em Ponta Grossa, essas alterações eram
necessárias para dar mais condições de acesso às moradias, uma vez que a crise
diminui o poder de compra das famílias. “Está ficando mais difícil comprar uma
casa. As famílias precisam deste apoio. As mudanças das faixas intermediárias
podem impactar na redução das parcelas e o aumento no grupo 3 pode aumentar a
capacidade de financiamento”, comentou.
35 anos para financiamentos
Dentro das propostas para a
habitação o Senado aprovou, na quarta-feira (13), uma Medida Provisória (MP)
que amplia o prazo máximo para empréstimos imobiliários financiados pelo Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A nova regra aumenta de 30 para 35 anos
o tempo de parcelamento dos imóveis.
Essa era uma reivindicação de
instituições que representam as empresas, bem como o pedido de carência de seis
meses para início dos pagamentos e o uso do FGTS para o pagamento mensal das
parcelas (ambos ainda sem previsão de acontecer).
Apesar das alterações, o setor
ainda tem problemas. Segundo Tavares, o programa Casa Verde e Amarela está se
tornando inviável para muitos construtores por conta das altas constantes de
matéria-prima. “Essas alterações de teto e faixas são bem-vindas, mas não
representam uma virada significativa, principalmente para os pequenos
construtores. Muitos já estão migrando para outros nichos porque é impossível
se manter como está”, lamentou.
Com informações da assessoria de imprensa