PG tem recorde de negócios com o comércio exterior
No mês de maio, somadas as exportações e importações, o total movimentado foi de R$ 1,46 bilhão
Publicado: 14/06/2022, 19:36
No mês de maio, somadas as exportações e importações, o total movimentado foi de R$ 1,46 bilhão
Maio foi o segundo melhor mês da história da cidade para as exportações e o maior em movimentação total, somando as importações. No decorrer dos 31 dias do mês, US$ 192,7 milhões em produtos foram comercializados com outros países, valor que se convertido com base no dólar cotado no dia 31 de maio, a R$ 4,75, significa que as empresas da cidade movimentaram R$ 915 milhões em riquezas com o exterior. Na série histórica, que possui dados desde 1997, uma única vez as exportações da cidade atingiram a casa dos US$ 200 milhões, foi em maio de 2008, quando totalizou US$ 231,1 milhões (R$ 1,09 bi). Os números foram revelados nesta terça-feira (14) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
No sentido inverso, nas importações, o total adquirido por empresas instaladas na cidade foi de US$ 116,3 milhões, valor que corresponde a R$ 552,7 milhões, um recorde mensal, pela primeira vez chegando na casa dos US$ 100 milhões. Isso significa que a ‘corrente de comércio’ da balança comercial, quando se soma as importações e as exportações, Ponta Grossa movimentou R$ 1,46 bilhão, o maior valor para um mês em sua história. No outro cálculo, do ‘saldo’ da balança comercial, quando se subtrai as importações das exportações, os números apontam que a cidade teve um superávit, um saldo positivo de R$ 363,1 milhões.
No acumulado do ano, as exportações também são destaque, com o terceiro maior valor da história para os cinco primeiros meses do ano. Até o momento, US$ 658,02 milhões foram exportados pelas empresas da cidade, valor que convertido em reais, alcança R$ 3,12 bilhões. Fica apenas atrás dos R$ 3,18 bilhões de 2017 e dos R$ 3,28 bilhões de 2008. Já nas importações, o total acumulado em cinco meses chegou a R$ 1,92 bilhões, o maior valor já registrado para o período, 3,3% acima do montante de R$ 1,86 bilhão alcançado no ano passado. Com isso, a corrente de comércio de Ponta Grossa aponta um recorde, com R$ 5,05 bilhões movimentados com outros países em 2022.
Entre os produtos mais exportados em maio, destaque para o farelo de soja, com R$ 454,14 milhões comercializados, seguido pelo óleo de soja, com R$ 322,1 milhões. Depois, aparecem as embalagens Tetra Pak, com R$ 42,05 milhões. No acumulado do ano, o panorama é o mesmo: o farelo de soja contabilizou R$ 1,76 bilhões comercializados, contra R$ 605 milhões do óleo de soja e R$ 201,4 milhões de produtos Tetra Pak. Os painéis OSB apareceram na quarta posição, com R$ 105,8 milhões, e a soja em grãos representou R$ 98,5 milhões. Com isso, o complexo soja somou R$ 2,47 bilhões vendidos, o que corresponde a 80% de tudo vendido pela cidade.
Adubo é o produto mais importado
Já nas importações, o principal destaque é o adubo. Somente em maio, esse produto representou quase R$ 250 milhões. A soja foi o segundo produto mais importado, com R$ 43,2 milhões, enquanto que partes e acessórios de veículos acumulou R$ 36,2 milhões. No acumulado do ano, os adubos somaram R$ 445 milhões em importações, seguidos por R$ 192,8 milhões das partes de veículos e R$ 185 milhões de soja. Na quarta posição aparece partes de motores, com R$ 99 milhões, seguidos por garrafas de vidro, com R$ 95 milhões.
Município está entre os 50 que mais exportam no Brasil
Todos esses números colocam Ponta Grossa em evidência no Estado e no país quando se trata de comércio exterior. No ranking estadual das exportações, Ponta Grossa aparece na quarta posição, atrás apenas de Paranaguá, Curitiba e Maringá, com 6,5% de tudo enviado pelo Estado, ao passo que no âmbito nacional, aparece na 41ª colocação, com uma participação de 0,5%. Já no ranking das importações, a cidade ocupa a sexta posição, com 4,7% do total; e no ranking nacional, na 56ª, com 0,4%. Os principais parceiros de Ponta Grossa, nas exportações são a Índia (11%), China (10%), Coreia do Sul (8%), Tailândia (7,9%), Indonésia (7,5%) e Espanha (7,1%) Já nas importações, os principais parceiros são a China (13%), Alemanha (13%), Paraguai (11%), Holanda (9,9%), Estados Unidos (4,9%) e a Rússia (4,5%).