Comércio de PG tem o maior crescimento do PR no trimestre
Crescimento nas vendas foi de 5,5% entre janeiro e março de 2022, na comparação com o período em 2021
Publicado: 13/06/2022, 19:52
Crescimento nas vendas foi de 5,5% entre janeiro e março de 2022, na comparação com o período em 2021
O comércio de Ponta Grossa foi o que mais apresentou crescimento, neste primeiro trimestre, entre as seis principais regiões do Estado do Paraná. A Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio do Paraná, realizada mensalmente, aponta que neste período de três meses, o faturamento do setor em Ponta Grossa cresceu 5,51%, na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Das 11 áreas do comércio pesquisadas pelo levantamento, nove apresentaram crescimento nas vendas, com destaque para vestuário e tecidos, que apresentou incremento na faixa dos 63,7%.
Em âmbito estadual, o varejo paranaense acumulou alta média de 4,24% no primeiro trimestre do ano. Depois de Ponta Grossa, os maiores crescimentos foram da região de Maringá, que apresentou crescimento de 5,35% no acumulado de janeiro a março; Curitiba e Região Metropolitana, que registrou alta de 5,17%; e Londrina, onde as vendas foram 4,14% superiores no acumulado do ano. Nenhuma região teve retração: a menor alta foi da região Oeste, que apresentou ligeiro aumento de 0,71% no período.
Em Ponta Grossa, também ficaram positivados, no acumulado do ano, os setores de combustíveis (26,6%), óticas/cine/foto/som (18,5%), livraria e papelaria (18,1%), lojas de departamentos (16%), farmácias (15,7%), materiais de construção (13,3%), calçados (12,2%) e autopeças (0,14%). As únicas retrações ficaram com os supermercados (-0,23%) e concessionárias de veículos (-9,88%). No Estado do Paraná, o setor de vestuários e tecidos também foi o que mais cresceu, 39,1%, seguido por calçados (37,11%) e óticas/cine/foto/som, com 32,66%; enquanto que quatro setores tiveram quedas nas vendas (lojas de departamentos, farmácias, concessionárias de veículos e supermercados).
Já apenas no comparativo entre os meses de março, de 2022 contra 2021, a alta foi de 10,34% em Ponta Grossa. Neste período, as lojas de departamento apresentaram alta de 94,4% no faturamento. Dos 11 setores, nove cresceram acima de 19% - apenas supermercados teve uma estabilidade, com aumento de 0,45%, e o setor de autopeças, que retraiu 13,6%. Essa média de crescimento é próxima à média estadual, que apresentou uma elevação de 10,61%. A região que mais cresceu foi a Sudoeste, de 26%, enquanto que o menor crescimento foi de 2,32%.
Vendas do comércio no Paraná têm 7º crescimento seguido
As vendas do comércio varejista cresceram 1,3% nos quatro primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na variação mensal, o crescimento no Estado foi de 0,8% na comparação com março. É a sétima alta consecutiva do setor varejista, que registra bom movimento desde o final de 2021. Os crescimentos foram de 0,1% em outubro, 0,6% em novembro, 0,3% em dezembro, 0,5% em janeiro, 1,5% em fevereiro, 0,7% em março e 0,8% em abril. Em relação a abril do ano passado, a diferença foi 3,9% superior.
Resultados atenuam perdas com a pandemia
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, a alta estadual, especialmente com o crescimento dos setores de vestuário e tecidos (39,12%) e calçados (37,11%), atenuam as perdas sofridas por esses ramos ao longo da pandemia, os mais impactados pelo isolamento social, não só pelos sucessivos fechamentos e redução dos clientes nas lojas, mas também pela própria ausência de eventos e situações sociais que ensejavam por roupas ou calçados novos. “O mês de março de 2022 foi bastante favorável para os segmentos de vestuário, tecidos e calçados devido ao retorno da circulação de pessoas e a volta às aulas e ao trabalho presenciais. Devemos lembrar ainda que em março de 2021 as vendas foram muito ruins, considerando que foi o mês que concentrou o maior número de óbitos em todo o período da pandemia e, consequentemente, sendo considerado o auge da crise sanitária no Brasil”, avalia Schmidt.