Grupo no Whatsapp alerta sobre blitz da polícia | aRede
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Grupo no Whatsapp alerta sobre blitz da polícia

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Afonso Verner

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A divulgação dos locais e horários de blitz nas vias de Ponta Grossa se tornou comum nas redes sociais, mesmo sendo reprovada pelas autoridades. No entanto, uma mensagem enviada supostamente pelo número pessoal do vereador Amauri Manosso (Rede) causa polêmica na cidade. A mensagem informa sobre a realização de blitz no município.

O portal aRede teve acesso a um print da mensagem que foi enviada para um grupo no Whatsapp. Segundo o internauta que denunciou a situação, o grupo teria como destinação discussões sobre política. A mensagem diz:

"Blitz amanhã em toda a cidade para apreender motos e carros com documentos atrasado e pessoas conduzindo sem CNH [Carteira nacional de habilitação] durante duas semanas ou até atingirem a meta. Todos os órgão de segurança pública estão envolvidos para arrecadar fundos para o governo, até mesmo o Exército vai dar suporte. A meta é apreender 16 mil veículos. Fiquem atentos. Repassem para todos, vai ser em todas as regiões"


O portal aRede entrou em contato com o vereador Amauri que admitiu que o número pertence a ele, mas negou a autoria da mensagem. "Eu não tenho conhecimento sobre a situação mas, com toda certeza, não fui eu que mandei essa mensagem", contou o vereador.

Manosso é empresário do setor de transportes e assumiu uma cadeira no Legislativo Municipal em fevereiro de 2015 após a renúncia do hoje deputado federal Aliel Machado (REDE). Amauri se disse totalmente contrário a divulgação de blitz e outros tipos de aviso:

"Eu acho que nem aviso para radares deveria existir, imagina avisar sobre blitz. Também entendo que as pessoas devem cumprir as responsabilidades no trânsito porque hoje a maioria dos acidente acontece por causa da imprudência. Todos nós temos que colaborar para um trânsito mais seguro".


O vereador confirmou que o número que consta no print pertence a ele e disse que vai apurar quem teria enviado a mensagem.

Autoridades reprovam conduta

Em novembro de 2014, o comandante do Pelotão de Choque da Polícia Militar em Ponta Grossa, 1º Tenente Aurélio de Santa Clara, definiu a atitude como “autodestruitiva” para os cidadãos, já que eles mesmos são os prejudicados e conta que o hábito é antigo no Brasil.

“A Polícia está na rua fazendo o trabalho para defender a população. Quando o próprio cidadão denuncia a presença da autoridade em uma fiscalização, quem sai prejudicado é ele mesmo. Um carro irregular que não é preso pode muito bem causar um acidente metros depois do local da blitz e matar alguém. Isso já acontecia antes da chegada da internet”, explica.
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