Professores da UEPG decidem entrar em greve | aRede
PUBLICIDADE

Professores da UEPG decidem entrar em greve

<b>Decisão foi tomada durante Assembleia Geral Extraordinária do Sinduepg no início da noite desta quarta-feira (26). Paralisação acontece por tempo indeterminado.</b>

Paralisação foi definida em assembleia na noite de quarta-feira (26)
Paralisação foi definida em assembleia na noite de quarta-feira (26) -

Rodrigo de Souza

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Decisão foi tomada durante Assembleia Geral Extraordinária do Sinduepg no início da noite desta quarta-feira (26). Paralisação acontece por tempo indeterminado.

Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deflagraram greve por tempo indeterminado durante uma Assembleia Geral Extraordinária convocada Seção Sindical dos Docentes (Sinduepg). A decisão foi tomada no início da noite de quarta-feira (26). Com isso, a paralisação é imediata e deve afetar as aulas na universidade a partir desta quinta (27).

A assembleia durou cerca de 1h30 e recebeu dezenas de docentes para discutir sobre a pauta que envolve todo o funcionalismo público. O principal pedido dos servidores é que o governo do Estado conceda a reposição salarial com base na inflação, acumulada desde 2016 e que soma prejuízos de mais de 17% nos benefícios dos servidores.

O governo do Estado afirma desde os primeiros meses da gestão de Ratinho Junior (PSD) que não tem condições de bancar com o aumento solicitado inicialmente. Ainda assim, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) do Paraná, que negocia o tema com o governo, exige ao menos a reposição inflacionária referente aos últimos 12 meses, que chega a 4,94%.

Parte do funcionalismo está em greve desde a última terça-feira (25) – como é o caso dos professores e funcionários da rede estadual de ensino. Em Ponta Grossa, o Sindicato dos Professores e Técnicos da UEPG (Sintespo) seguiu a linha do FES e deflagrou greve ainda na terça. Além dos docentes da UEPG, professores de outras universidades do Estado – como da UEM (Maringá) – também anunciaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (27).

Além da reposição salarial, os docentes da UEPG pedem que o governo arquive o anteprojeto que estabelece a Lei Geral das Universidades (LGU), apresentado recentemente pela Superintendência do Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O Estado tem o objetivo de criar critérios técnicos para definir o repasse de verbas para as universidades, mas o Sinduepg acredita que a medida fere a autonomia da instituição. O mesmo vale para o Projeto de Lei Complementar (PLC) 04/2019, também conhecido como Lei de Eficiência de Gestão do Estado (LEGE), que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Por fim, o sindicato ainda exige que sejam convocados novos docentes aprovados em concursos e abertos novos processos seletivos para a área, com o objetivo de sanar um déficit de professores na UEPG.

Reunião entre FES e Estado foi cancelada

Uma reunião marcada para a manhã de quarta-feira (26) entre membros do FES e líderes do governo do Estado foi cancelada durante a noite de terça-feira (25) por parte do Poder Executivo - a ação desagradou os sindicalistas. Em nota, o Fórum informou que considerou o cancelamento do encontro uma “falta de interesse” do governo “em dialogar com os servidores e buscar uma solução para a greve”. Antes mesmo da paralisação geral dos servidores, nomes ligados a Ratinho Junior (PSD) diziam que o governador não iria negociar com o funcionalismo caso uma greve estivesse em andamento. O Poder Executivo solicita o congelamento das paralisações por 10 dias para que possa ser criada e apresentada uma proposta aos servidores.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE