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Transporte pode entrar em greve a partir de terça

Trabalhadores do setor recusaram oferta da empresa de reajuste de 2% no salário – inflação é de 1.84% no período. Aviso de greve será publicado nesta sexta-feira (17)

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Afonso Verner

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O Sintropas, sindicato que representa cobradores e motoristas da Viação Campos Gerais (VCG), aprovou o indicativo de greve geral no transporte coletivo em Ponta Grossa. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada na noite desta quinta-feira (16) e prevê possível paralisação total do transporte já a partir de terça-feira (21). A VCG afirmou, via assessoria, que “segue com os canais de comunicação abertos” ao sindicato.

De acordo com Luiz Carlos de Oliveira, presidente do Sindicato, a categoria rejeitou a oferta da Viação de reajuste de 2% no salário base e 4% no vale-alimentação. “Nós somos a quarta maior cidade do Paraná e temos um dos piores salários do Estado, perdemos para 300 cidades paranaenses”, argumentou o sindicalista. Já a VCG, ainda via assessoria, informou que a inflação do período (novembro de 2016 a novembro de 2017) seria de 1.84%.

Com o indicativo de greve aprovado, o Sintropas deve notificar a empresa com antecedência de 72 horas – com isso a atividade do transporte coletivo poderia ser totalmente interrompida a partir das 0h da próxima terça-feira (21). “A greve não tem dia para certo para acontecer, o trabalhador não quer fazer greve, mas não conseguimos sensibilizar os patrões da necessidade em valorizar a categoria”, afirmou Oliveira.

Luiz Carlos destacou ainda que a greve total no transporte coletivo “é a única maneira” do trabalhador pressionar por melhores condições. “Não tivemos êxito em negociar uma proposta melhor, aprovamos o indicativo de greve e agora aguardamos uma contraproposta por parte da empresa para evitar que o sistema seja totalmente paralisado”, informou o sindicalista.

Valores praticados

De acordo com o sindicalista, atualmente um motorista que atua na Viação Campos Gerais recebe R$ 1800 mil e um cobrador tem um salário de R$ 1.080 mil – todos os funcionários da empresa recebem R$ 500 em vale-alimentação. A proposta do Sintropas é de reajuste linear de 10% no salário de todos os funcionários e de 50% no valor pago como vale-alimentação. 

Nota do sindicato

O Sintropas emitiu uma nota sobre o assunto. Confira:

"Os trabalhadores mundiais por séculos sofrem nas mãos do capital feroz.

Isto ocorre porque os trabalhadores vão contra os anseios e necessidades de outros trabalhadores.

A luta para melhoria de condições de vida e salários para os trabalhadores sempre foi acirrada. E nunca houve uma categoria que conquistou algum benefício se não fosse de forma ousada e sob muita pressão no capital, muitas vezes com greves que duraram dias. Muitos no passado pagaram com suas vidas para que os trabalhadores de hoje usufruam destes direitos conquistados com muita luta.

No Brasil temos, férias, 13° salário, entre outros benefícios porque bravos guerreiros lutaram ferozmente e alguns perderam a vida para conquistar estes direitos a todos os brasileiros inclusive para os que continuam vergonhosamente a favor dos patrões.

Os trabalhadores que operam o transporte coletivo também têm o direito de lutar por um salário digno sem que sejam crucificados por isso.

Tarifa alta e transporte de qualidade duvidosa não é culpa dos profissionais que acordam as 3 horas da manhã diariamente para levar os usuários em segurança da sua casa até seu destino.

Sempre é a mesma história, a culpa do aumento da tarifa é dos funcionários do transporte coletivo, como se estes funcionários fossem escravos da cidade e não precisassem receber pelo seu trabalho.

Esquecem, porém, que estes trabalhadores transportam o bem mais precioso que temos, “ nossa vida ou a vida dos nossos”, e são mal remunerados por esta função. 

Minha indignação é o fato de que na maioria das vezes os trabalhadores ficam do lado patronal quando o assunto é o reajuste salarial dos funcionários do transporte coletivo.

Historicamente a tarifa do transporte coletivo é reajustada 3 a 4 vezes maior que o reajuste do salário concedido aos trabalhadores.

Se mais uma greve do transporte for preciso para que os trabalhadores recebam um reajuste salarial digno então assim será. 

SOMOS DA PAZ                                                                                                                                                                              MAS NÃO FUGIMOS DA LUTA

Luizão- Presidente Sintropas-Pg"

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