PUBLICIDADE

Um pedacinho da Holanda no Brasil

Crônicas dos Campos Gerais: Um pedacinho da Holanda no Brasil

Dalton Paulo Kossoski, auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa, produzido no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais.
Dalton Paulo Kossoski, auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa, produzido no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais. -

Crônicas dos Campos Gerais: Um pedacinho da Holanda no Brasil

Você sabia que é possível viajar de Ponta Grossa até a Holanda em menos de 30 minutos? É só ir à Carambeí, ao Parque Histórico daquela cidade, um museu a céu aberto que reproduz uma vila holandesa e o modo de vida dos imigrantes daquele país europeu, que escolheram os Campos Gerais para se instalarem, mais de um século atrás.

A família Kossoski chegou à “Holanda” dos imigrantes. Uma paisagem de sonho e a sensação que fica é a de viagem no tempo! Charmosas casas de madeira espalhadas pelo campo verde, com seus lambrequins, a igreja e, aqui e ali, lagos correndo embaixo de pontes. O que aumentava o sentimento de que se estava na Holanda era a baixa temperatura. O passeio agradável nem deixava a gente sentir o frio, porque estávamos caminhando pelo Parque Histórico. Se ficássemos parados, congelaríamos. Entramos numa casa, para ver um ferro de passar “à brasa”, e outros utensílios que as pessoas usavam antigamente. Noutra casa, espiamos pela janela o interior mobiliado como nos tempos de outrora. A igreja, vazia de fiéis, mas um toca-disco no qual se ouvia um som de culto religioso, ao entrarmos. A estação ferroviária dispunha de um gravador que tocava um barulho de trem. Ao lado da fonte desse som, estava um manequim uniformizado, como se fosse um agente da estação.

O cenário ao ar livre era composto por várias estátuas de animais e pessoas, representando camponeses fazendo seu trabalho diário, colhendo produtos agrícolas. Depois de um tempo entre as memórias de outros períodos (passamos também por um galpão que exibia a evolução dos modelos de tratores, com o decorrer dos anos), entramos no carro e seguimos viagem.

Chegamos ao lugar das famosas tortas holandesas para provar das delícias. Um pedaço de torta e um copo de café (quer dizer: da família, eu fui o único a pedir dois pedaços de torta e dois copos de café, de tão gostosos que estavam. Doce, mas de precinho bem salgado...). Sentamos à mesa para saborear o lanche num ambiente aconchegante e bonito. Nas janelas, junto às cortinas, bandôs: trabalhos em crochê, decoração típica do povo holandês, o que me fez lembrar uma tia que, quando morava em Carambeí (e também algum tempo em Castrolanda), tinha essas peças decorativas pela casa, para manter a tradição daquela terra de imigrantes.

Foi muito legal aquela viagem no tempo!

Texto de autoria de Dalton Paulo Kossoski, auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa, produzido no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais (https://cronicascamposgerais.blogspot.com/).

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE