Capoeira realiza primeira troca de grau em Ipiranga

Desde janeiro de 2014, o projeto Capoeira em Ipiranga está atendendo vários jovens que querem praticar o esporte gratuitamente. Essa é mais uma parceria da Prefeitura Municipal de Ipiranga, desta vez, com o grupo Muzenza. O município sediou, no último fim de semana, um evento de troca de graduação e batizado de novos praticantes, trazendo vários monitores e graduados de outras cidades. Os pais dos alunos foram conferir de perto o momento. Entre os cerca de 30 capoeiristas, alguns receberam outro grau e outros foram batizados, como final de iniciação no esporte. “O pessoal sempre se empenhou muito na capoeira aqui em Ipiranga, pois todos treinam por amor a esta arte que encanta o mundo” conta o monitor Faísca.

A Secretaria de Esportes vê na capoeira um maneira de formar cidadão, conforme fala o secretário João Carlos Gualdezi. “Nós estamos demonstrando que temos talentos a ser lapidados, além de tudo a capoeira é um incentivo a levar uma vida mais saudável, me sinto orgulhoso de fazer parte desse esporte e tomara que ele se difunda cada vez mais”, destaca.

O evento que aconteceu pela primeira vez em Ipiranga, geralmente acontecia em Ponta Grossa. “Foi um grande acontecimento em minha vida e com uma enorme ajuda da prefeitura de Ipiranga e dos comerciantes foi um batizado (iniciação na capoeira) e troca de cordas (troca de grau) com a presença de vários capoeiristas e profissionais da arte com o pessoal de Blumenal, de Francisco Beltrão, Curitiba, Pinhais, Teixeira Soares, Ponta Grossa e da equipe do mestre Polaco”, finaliza.

Ipiranguense é destaque na capoeira

Andrei Tramontin, mais conhecido como “Ligeirinho”, é ipiranguense, tem 15 anos de idade e pratica capoeira há oito anos, e já conseguiu seis graduações como capoeirista. Embora bastante jovem, Andrei já tem um currículo bem invejável por muitos atletas. Em 2013, ele conquistou o primeiro lugar no Campeonato Estadual de Capoeira em Jaraguá do Sul (SC). Neste ano, foi vice-campeão do Campeonato Sul Americano de Foz do Iguaçu, disputado em setembro. “Eu me interessei por capoeira quando tinha 6 anos ao ver uma apresentação num shopping em Ponta Grossa. Depois disso, meu pai me prometeu que no ano seguinte eu faria aula e quando completei 7 anos me pai achou que eu tinha mais idade e eu comecei”, conta Andrei.

O desempenho do adolescente é reconhecido pelo professor. “O Ligeirinho é prodígio, sempre se desenvolveu mais rápido que os outros, ele tem a capacidade de entender o jogo como atleta de competição, por isso, já se destaca em campeonatos”, conta Faísca.

Os pais de Andrei, Roberto Tramontin e Viviane Tramontin dão total apoio ao filho que ama o esporte. Cobrem as despesas das viagens para competições fora da cidade e alimentam o sonho do menino se tornar um profissional da capoeira. “Eu quero persistir na capoeira até um dia virar mestre e poder dar aula para viver só disso”, conta Andrei.

Informações da assessoria.