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Contra a gordofobia, projeto em PG exalta corpos na arte

<b style="font-family: &quot;Titillium Lt&quot;; color: rgb(0, 0, 0);">Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia</b>

Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia
Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia -

Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia

A iniciativa Diálogos Culturais tem focado suas ações na diversidade em busca de uma sociedade fraterna e solidária. Uma das vias pra este propósito é apostando na poética como princípio da criação e da criatividade sem ignorar as complexidades da natureza humana. Neste mês a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia.

“Celebrar a diversidade transmite quem somos. É impressionante que num país tão plural ainda exista preconceito naturalizado e queremos ajudar a desconstruir estes discursos, desenvolvendo um ensaio fotográfico que positivisa a compreensão do corpo livre”, afirma Zek Ramos, diretor da Diálogos.

As visões sobre o corpo gordo variam ao longo da humanidade. No entanto, a ideia do corpo magro para a aproximação do divino ainda é hegemônico. Durante a história vários artistas associaram o corpo gordo ao consumismo e ganância. De lá pra cá, os meios de comunicação reforçaram estas ideias, afirmando a magreza enquanto belo. Um discurso potente somado a fatores como religião, moda e mídia, contribuem para a discriminação do corpo gordo.  “Mas também existem exemplos onde a figura do gordo representava o belo. A Vênus de Willendorf, de aproximadamente 24.000 aC era a representação da beleza e felicidade, assim como inúmeras deusas-mãe representadas entre 8.000 e 5.500 aC. No período Neoclássico, a figura de um nobre gordo representava fartura e riqueza. Na Arte Contemporânea, artistas como Fernando Botero buscam desconstruir os tradicionais padrões de beleza. Na internet a FAT ART é um termo utilizado, de caráter político, na maioria das vezes para positivação dos corpos livres”, diz o diretor.

UM CORPO É UM CORPO

A Diálogos convidou a artista Gabriela Cordeiro de Paula, mais conhecida pelo nome artístico MUM, para ser a porta-voz da campanha. “Acredito que a gordofobia, assim como outros tipos de violência, devem ser abordados em todos os meios possíveis e principalmente na arte, que vai fazer essa ponte do bonito e do pensante. A arte é veículo para nossas lutas diárias e um dos caminhos mais efetivos para provocar o pensamento e empatia”, aponta.

A proposta de substituir as imagens de quadros famosos por corpos gordos tem a intenção de abrir a reflexão sobre representatividade na Arte e celebrar todos os corpos. Gabriela acredita que estamos condicionados a almejar um padrão inalcançável de 'beleza' imposto e reforçado pela mídia, e que ver pessoas gordas ocupando esses espaços é transformador. “É claro que ainda falta muito, mas estamos começando ocupar esses espaços! A arte é uma das formas mais importantes de identificação interna e externa. Eu preciso me ver em algum lugar e me sentir parte daquilo, eu preciso ver pessoas como eu ocupando aqueles espaços para saber que eu também posso ser”, afirma.

O ensaio fotográfico ficou por conta de Bruno Viana, natural de Cândido de Abreu. “Desenvolvemos juntamente com uma equipe extremamente competente o conceito a ser trabalhado, os objetos de cenas e como seria a pós produção”, diz Bruno. Ele acredita que colaborar com este projeto é muito importante. “Trabalhamos diretamente com a imagem, onde cada pessoa fotografada busca também encontrar nas fotos o melhor de si, tornando assim a fotografia uma ferramenta de apoio para essa revolução”.

A produção do ensaio foi de Estanislau de Almeida Wichinievski, que mora em Carambeí e administra o projeto Memória de Carambeí. “Existe preconceito, ainda que velado, em relação às pessoas gordas. Ações como esta valorizam a diversidade dos corpos. Valorizar e celebrar a diversidade contribui para a autoestima das pessoas”. Ele afirma que projetos com engajamento social exige maior comprometimento. “Enquanto o material comercial visa a rentabilidade do ponto de vista financeiro, os projetos com engajamento social, nos quais se exigem dos participantes comprometimento, envolvimento e sensibilidade, proporcionam gratificação com o trabalho realizado. Trazem a consciência de que se está contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária”.

A ação reuniu 07 voluntários e as fotos ficarão disponíveis no site www.dialogosculturais.com e nas redes sociais @dialogosculturais. Em julho a campanha encerrará com o lançamento de um videoclipe da MUM com uma música composta para a ocasião. A make-up e o hair stylist são de Daniele Gomes e Jéssica Ferreira, a pintura corporal de Endrik Riko.

O QUE É GORDOFOBIA?

A gordofobia está no tom de xingamento, nos assentos apertados nos ônibus e no tratamento das marcas de roupa que ignoram os tamanhos maiores que 42, por exemplo. Não poder agir confortavelmente em situações corriqueiras geram muito constrangimento para as pessoas gordas, que podem desenvolver transtornos alimentares sérios e depressão. “A gordofobia está presente desde pequenas coisas como você receber um 'elogio porque emagreceu' ou as pessoas reclamarem sempre de suas barrigas, braços, pernas etc. que são gordos como se o gordo sempre fosse feio, nojento, indesejável.”, afirma a artista MUM. A gordofobia se encontra na estrutura social quando uma pessoa não consegue passar pela catraca do ônibus ou não é contratada em um trabalho, etc. “Ela está presente em feriados, em memes "pós ceia" onde a pessoa diz que vai engordar 30kg depois de comer tanto. As pessoas relacionaram ser gordo com comer muito, e não é assim que acontece.”, pondera. 

A artista aponta que existem biótipos: “Eu posso comer o mesmo tanto que uma pessoa magra e ser gorda, e eu posso comer menos que essa pessoa e ser gorda, eu posso praticar exercícios fisicos, comer saudável e ser gorda. As pessoas tem a desculpa de sempre estarem preocupadas com a saudade da pessoa gorda como se ela não fosse saudavel, mas se a pessoa emagrece sendo bulímica, ficando dias sem comer, quase morrendo ali de transtornos psicológicos a pessoa que te julga como gorda vai te parabenizar por ter emagrecido” finaliza.

O projeto reuniu alguns exemplos de atitudes gordofóbicas:

·         Dizer que alguém é “linda de rosto” e excluir o resto do corpo. Dizer que alguém está magra em tom de elogio, ou usar a expressão “Você não está gorda, está linda!”, como se as pessoas gordas não pudessem ser bonita

·         Usar a expressão “fazer gordice” para o fato de comer muito. Dar dicas de dietas sem alguém ter pedido. Usar o argumento do IMC e da saúde para determinar o peso ideal para uma pessoa, excluindo todos os diversos aspectos individuais.

·         Associar a pessoa gorda a preguiçosa, burra ou desajeitada.

Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia
Neste mês, a iniciativa realiza a campanha que valoriza a diversidade dos corpos e discursa contra a gordofobia Contra a gordofobia, projeto em PG exalta corpos na arte Contra a gordofobia, projeto em PG exalta corpos na arte
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