Política
Reitor destaca a importância do Projeto Eleitor do Futuro
O projeto envolve cerca de três mil alunos entre 12 e 16 anos incompletos, de 12 instituições de ensino da rede pública e privada
Da Redação | 23 de abril de 2022 - 11:55
O projeto envolve cerca de três mil alunos entre 12 e 16
anos incompletos, de 12 instituições de ensino da rede pública e privada
O Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG),
professor Miguel Sanches Neto, participou na última terça-feira (19), na Câmara
de Vereadores de Ponta Grossa, do lançamento da sétima edição do projeto
Eleitor do Futuro 2022. O projeto envolve cerca de três mil alunos entre 12 e
16 anos incompletos, de 12 instituições de ensino da rede pública e privada e
tem o objetivo de discutir democracia, participação política e importância do
voto, a fim de incentivar o protagonismo juvenil na política e a cidadania de
crianças e adolescentes.
“O projeto Eleitor do Futuro conta com uma forte
participação da UEPG e revela esse papel que a universidade cumpre de maneira
extremamente competente que é a formação de lideranças das mais diversas áreas
e, nesse caso específico, a formação de lideranças para a cidadania, porque
garantir o acesso a um processo eleitoral é ampliar o processo democrático de
participação”, avalia o Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa,
professor Miguel Sanches Neto.
Para o reitor da UEPG, projetos como esse têm papel
importante na formação acadêmica dos alunos: “É extremamente importante, uma
vez que, na condição de pessoas que ainda estão em processo de formação, esse
contato com o processo eleitoral tem também um caráter formativo. Ajuda na
formação dos nossos alunos para que possam atuar de maneira mais transformadora
dentro da nossa sociedade”, destaca.
O estagiário do Projeto Eleitor do Futuro, acadêmico do
terceiro ano de Serviço Social da UEPG, Matheus Dums, avalia positivamente a
oportunidade. “Eu acho extremamente interessante o projeto por eu ser
acadêmico, pois, além de eu aprender a realizar as oficinas, eu auxilio na
promoção da autonomia dos adolescentes, mas principalmente por poder atuar nas
funções e responsabilidades atendidas pelo NEDDIJ”, afirma. Luiza concorda com
o colega: “Eu acho que essa atividade vêm muito de encontro com o princípio de
um projeto de extensão, que é a gente estar ali na comunidade trazendo a
autonomia dos adolescentes e também com a nossa formação acadêmica: a gente tá
na prática trabalhando com eles, não apenas na teoria, mas diretamente com o
sujeito”, complementa a acadêmica.
O projeto é uma iniciativa da Vara da Infância e Juventude,
sob coordenação da juíza Dra. Noeli Reback, e com parceria com o Núcleo de
Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (NEDDIJ) da UEPG. “A
parceria do NEDDIJ com a Vara da Infância e da Juventude já é histórica. Nessas
ações preventivas a gente trabalha já, há bastante tempo. Com o Eleitor do
Futuro, então, cada vez que é ano de eleição, seja municipal, estadual ou
federal, o NEDDIJ faz parceria com a Vara da Infância oferecendo oficinas de
cidadania nas escolas estaduais e particulares”, detalha a professora do
Departamento de Serviço Social, coordenadora do NEDDIJ UEPG, Cleide Lavoratti.
O Projeto abrange diversos aspectos relacionados à política,
a fim de engajar e mobilizar os jovens. “Nós vamos trabalhar estimulando a
discussão da cidadania, democracia participativa, sobre a importância do voto,
para que esses jovens futuramente possam se engajar na vida política do país”,
relata a coordenadora do NEDDIJ. A professora ainda destaca a importância do
projeto para a formação não só de eleitores, mas de cidadãos do futuro: “A
gente entende que essas ações são de fundamental importância pra gente
democratizar as relações sociais, democratizar a participação política. Às
vezes a gente percebe que os jovens estão muito distantes das discussões sobre
cidadania, sobre participação política, e a participação não se dá só pelo voto
– é uma das formas de participação”, ressalta.
A Juíza da Vara da Infância e Juventude, dra. Noeli Reback,
destaca que o projeto já atingiu muitos jovens ao longo dos anos e exerce papel
fundamental no desenvolvimento da consciência política e social. “Atingimos
mais de 20 mil alunos já, e todo ano ele é uma novidade, porque aprender
política, fazer política seriamente, dentro do conceito efetivo que é política,
é o que se aprende na escola mesmo. Se aprende de jovem. E a busca nesse
projeto é isso: é conscientizar esse adolescente que ainda não vota, mas vai
votar na eleição próxima, da importância que é ser político quanto ao exercício
do voto, em quem vai votar, por isso a gente trabalha com todas as etapas que a
Justiça Eleitoral tem, com esses eleitores do futuro”, destaca.
O Projeto
O Projeto Eleitor do Futuro tem como propósito a realização
de oficinas, ministradas por acadêmicos da UEPG, com jovens em período escolar,
a fim de sensibilizá-los sobre a políitca. Hoje, o Eleitor do Futuro conta com
o trabalho de 10 alunos estagiários dos cursos de Direito e Serviço Social da
UEPG, mas ainda mais alunos devem fazer parte do projeto. “Esses 10 acadêmicos
estarão mobilizando acadêmicos do Direito e do Serviço Social para que esses
jovens, que vão receber uma capacitação do dia 25 a 29 de abril, possam aplicar oficinas nas escolas estaduais
e particulares”, explica a professora Cleide. “São cerca de três mil alunos,
então a gente precisa de mais gente junto na parceria para o projeto”, destaca
a aluna estagiária do projeto, acadêmica do terceiro ano de Serviço Social,
Luiza Stelle Linhares da Rocha.
Reback esclarece que, nas escolas, após as oficinas e com a
orientação dos monitores e professores, os alunos simularão eleições para
sentirem um pouco de como funciona o processo eleitoral. “Primeiro eles fazem
convenção, têm partidos políticos – que não são os oficiais, obviamente -, têm
bandeiras que eles defendem, se candidatam dentro das escolas, têm seus
eleitores… Dentro da área administrativa da Justiça Eleitoral, fazemos a
lacração de urnas, o treinamento de mesários e fazemos a eleição e
parametrizamos os votos”, relata a juíza. “São quatro meses de projeto, mas de
uma maneira muito intensa levando o que é política para esses meninos e meninas
com a intensão de que a gente consiga deixar um pouco de mensagem com a
importância do que é a democracia”, ressalta. “Então a ideia é realmente
fortalecer essa participação e esse protagonismo da juventude nos espaços e nas instâncias de deliberação de políticas
públicas”, complementa a professora Cleide.
O jovem eleitor
Em ano de eleições, a Justiça Eleitoral tem investido no
incentivo para que os jovens façam seu título de eleitor, que pode ser emitido
pelo site do TSE. O Projeto Eleitor do Futuro tem trabalhado desde cedo no
incentivo dos jovens junto às escolas. “Hoje é o lançamento do Projeto, mas nós
iniciamos o projeto em março. A primeira etapa do projeto foi um trabalho muito
constante junto aos colégios no sentido de conscientizar o jovem que vai fazer
16 anos a fazer seu título eleitoral. Todos os adolescentes acompanhados pela
Vara da Infância também estão sendo orientados para que façam o título
eleitoral. É muito importante que o jovem de 16 a 18 anos, mesmo não sendo
obrigado, entenda a importância de fazer o título. Não pensando em fazer por
fazer, mas votando conscientemente”, ressalta a juíza, dra. Noeli Reback.
O reitor da UEPG, professor Miguel, destaca a importância de
iniciativas como essa para o incentivo da participação juvenil na política.
“Nesse momento essa iniciativa é extremamente importante, principalmente nesse
período de pós pandemia em que houve uma desmobilização maior de todos, mas
principalmente dos jovens. É importante que eles sejam inseridos dentro dessa
perspectiva eleitoral e, muito mais que eleitoral, mas numa perspectiva de
defesa de políticas públicas nas mais diversas áreas. Então o momento é
propício para que os alunos e os professores da nossa universidade possam
desenvolver esse papel de engajamento dos jovens e adolescentes na política”,
avalia o professor.