União autoriza planos básicos de novo aeroporto na região

Portaria publicada no Diário Oficial da União estabelece critérios de operacionalização do Aeroporto Internacional dos Campos Gerais, que deve ser instalado entre Ponta Grossa e Palmeira.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo, ligado ao Ministério da Defesa, aprovou os três planos básicos de zona de proteção para funcionamento do Aeroporto Internacional dos Campos Gerais, empreendimento privado que deverá ser construído entre as cidades de Ponta Grossa e Palmeira. As autorizações foram assinadas pelo diretor do Instituto de Cartografia Aeronáutica, coronel aviador Ricardo da Silva Miranda, no dia 22 de julho, mas foram publicadas no Diário Oficial da União na última quarta-feira (7).

A portaria oficializou a aprovação dos planos básicos de zona de proteção de Aeródromo (PBZPA), de Procedimentos de Navegação Aérea (PZPPNA) e de Auxílios à Navegação Aérea (PZPANA). As autorizações delimitam espaços para a faixa de pista, áreas de aproximação, decolagem, transição, cônica e outros critérios específicos do Instituto de Cartografia Aeronáutica.

Os documentos representam um passo importante para a oficialização dos investimentos, que tiveram um valor inicial de R$ 3,5 bilhões em 2014. O projeto disponibilizado na internet pela Companhia Aeroportuária dos Campos Gerais (CACG) será construído em um espaço de 40 km² e deve funcionar como um hub internacional, ou seja, servirá como ponto de partida e ponto de chegada de cargas e passageiros, fazendo a distribuição para toda a América do Sul. A localização estratégica permitirá que todos os aeroportos sul-americanos sejam alcançados com no máximo quatro horas de voo.

O aeroporto deve contar com três pistas paralelas de 3,5 mil metros de extensão, que poderão receber pousos e decolagens do maior avião do mundo, o Airbus A380, transportando até 840 passageiros. De acordo com o projeto, o empreendimento terá capacidade para 750 mil pousos e decolagens por ano, apresentando-se como o quarto maior do mundo em movimentação.

A operação de carga, grande ‘trunfo’ do aeroporto, será realizada de maneira integrada entre os modais aéreo, ferroviário e rodoviário, já que fica muito próximo das rodovias BR-376 e PR-151, além da ferrovia que liga Curitiba a Ponta Grossa. O acesso ao aeroporto, inclusive, será feito pelas duas rodovias, segundo o projeto inicial.

Companhia busca interessados no projeto

Para tirar a proposta de construção do aeroporto do papel, a Companhia Aeroportuária dos Campos Gerais (CACG) vem buscando, nos últimos anos, instituições privadas interessadas na operação do espaço. O grupo disponibiliza um site com alguns dos detalhes de funcionamento do aeroporto e garante um retorno seguro para os acionistas interessados.