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“Retrocesso”, diz Esméria sobre proibição de celulares nas escolas

Secretária de Educação fez duras críticas ao projeto que quer proibir uso de celulares na sala de aula e no ambiente pedagógico

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Secretária de Educação fez duras críticas ao projeto que quer proibir uso de celulares na sala de aula e no ambiente pedagógico

No comando da educação municipal desde 2013, a professora Esméria Saveli, classificou como “retrocesso” o projeto de lei (PL 95/2018) do vereador Celso Cieslak (PRTB) e que propõe proibir o uso de celulares em sala de aulas e espaços pedagógicos nas escolas mantidas pela Prefeitura. A proposta de Celso foi protocolada na Câmara Municipal e ainda não tem data para ser votada.

Consultada pelo Jornal da Manhã e portal aRede sobre o teor da proposta, Esméria foi taxativa. “Daqui a pouco vão propor uma lei que impeça que o sol nasça ou que o galo cante”, disparou a secretária. Esméria lembrou que o uso de aparelhos celulares, tablets e computadores tem se tornado comuns no ambiente escolar, desde que sejam orientados por procedimentos pedagógicos.

A secretária frisou ainda que o problema de uso de celulares de forma excessiva é uma questão muito mais presente no ensino fundamental, médio e superior do que no ensino básico, mantido pela Prefeitura. “Nossas crianças não levam celulares para a escola. Os aparelhos tecnológicos que elas tem contato fazem parte da rotina escolar orientada por procedimentos de ensino que tem ligação com a idade destas crianças”, destacou Esméria.

Esméria ainda foi taxativa sobre a possível aprovação da lei – que ainda tem que passar pelas comissões internas e ser votada em dois turnos, no plenário do Legislativo. “Jamais colocaria uma proibição como essa dentro do ambiente escolar. É evidente que o uso do celular ou tablet será feito dentro de uma atividade pedagógica, mas não vou fazer com que a escola volte ao começo do século XX”, explicou a secretária que é mestre e doutora em Educação.  

Outro ponto destacado por Esméria é que a própria Secretaria Municipal de Educação (SME) tem formado e aperfeiçoado professores para que os docentes possam utilizar aparelhos de tecnologia, entre eles o celular, em situações dentro de sala de aula. “Para propor a regulamentação do ambiente escolar, é preciso conhece-lo. Atualmente temos ido de encontro a modernização do ambiente pedagógico”, afirmou a secretária.

Na justificativa do projeto de lei, Celso argumenta que a medida visa garantir a “essência do ambiente escolar, sem distrações que possam comprometer o desenvolvimento e a concentração dos alunos”. Além disso, o vereador argumenta que a proposta visa proibir o uso de aparelhos celulares no decorrer da atividade de ensino, momento de relação entre professor e aluno.

Flexibilização do ensino

Celso Cieslak foi autor de um projeto que previa a flexibilização do ensino integral público no município – a proposta também era assinada pelo vereador Jorge da Farmácia (PDT). Refutada pela secretaria de Educação, Esméria Savelli, a proposta de viabilizar o ensino integral acabou sendo rejeitada pela Câmara
– o ex-vereador Julio Küller (hoje no MDB) chegou a propor e aprovar a flexibilização, mas a medida acabou sendo vetada pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB). 

Congresso de Educação

Esméria Saveli lembrou ainda que o Congresso de Educação de 2018 discutirá o ato da leitura, em diversos contextos, entre eles na plataforma do celular. O evento é realizado pelo município e reúne uma série de escritores, sendo uma das datas mais importantes do calendário cultural da cidade. 

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