Marcelo Rangel garante solução para o aterro Botuquara

Prefeito divulgou vídeo em que ressalta os esforços do município para solucionar o problema do Botuquara. Comdema convocou reunião para debater o assunto

O prefeito Marcelo Rangel (PPS) usou as redes sociais para divulgar um vídeo em que garante que o município tem apresentado esforços para encontrar uma solução para o aterro Botuquara. Nas primeiras horas desta terça-feira (23), Rangel esteve no aterro e divulgou um vídeo em que aparece conversando com um servidor municipal que atua no Botuquara. Por outro lado, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) convocou para essa quarta-feira (24) uma reunião extraordinária para debater o assunto.

No vídeo, Rangel aparece conversando com um funcionário identificado apenas como Adelino. O prefeito lembra que se “fala muito mal do aterro, mas pouco se sabe sobre a real situação do local”. “Estamos colocando lixo já na quinta célula, com o tratamento adequado e tentando encontrar uma saída”, argumentou o prefeito. As imagens foram divulgadas um dia após a sub-sede da OAB em Ponta Grossa pedir providências ao Ministério Público para a situação do aterro.

O prefeito lembra que o município tem buscado uma saída para o Botuquara. “A destinação do lixo em Ponta Grossa é um problema histórico que temos buscado superar”, afirmou o prefeito. A reunião do Conselho tem justamente como objetivo debater a saída apresentada pelo município. De acordo com a presidente do Comdema, Caroline Schoenberger, a reunião do Conselhor tem como pauta o debate sobre a alternativa apresentada pela Prefeitura.

Rangel faz menção ao debate exposto pelo secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros, que apresentou o aterro controlado na pedreira Boscardim, na região do Bocaina. “Não é fácil conseguir todas as licenças ambientais necessárias para atuação, mas estamos nos esforçando para solucionar o problema histórico que é o Botuquara”, contou o prefeito no vídeo divulgado nas redes sociais.

Caroline Schoenberger lembrou que os conselheiros do Comdema buscarão, mais uma vez, encontrar uma posição consensual sobre a possibilidade do município destinar o lixo doméstico para a Pedreira Boscardim. “Vamos discutir e tentar encontrar um posicionamento oficial do Conselho sobre esse tema e sobre a alternativa apresentada pelo município”, afirmou a presidente do Conselho.

Na visão de Barros, o aterro controlado na Pedreira Boscardim é visto como a melhor saída diante do prazo exíguo para o fechamento do Botuquara e das rígidas regras ambientais. O secretário lembra que o local fica distante das principais reservas naturais da cidade, como é o caso do Rio Tibagi e da região do Parque Nacional dos Campos Gerais, que sai de Vila Velha e segue em região ao distrito de Itaiacoca.

O quê - Vereadores querem construção de usina de lixo

De outro lado, os vereadores Sargento Guiarone (PROS) e Celso Cieslak (PRTB) propõe a retomada do debate sobre a instalação de uma usina de lixo em Ponta Grossa. O debate chegou a ser incentivado pelo ex-secretário de Meio Ambiente, Paulo Cenoura, mas foi tido como “economicamente inviável” na visão de Barros, titular da pasta. Guiarone e Cieslak irão realizar no começo de junho uma audiência pública para discutir o assunto.

Comdema é contrário

Questionada sobre a audiência pública marcada para o começo do mês de junho e que irá discutir a construção da usina de lixo, Caroline lembrou que outras propostas para a construção de uma usina do tipo já foram amplamente debatidas pelo Conselho e refutadas. “Uma usina como essa não é viável do ponto de vista financeiro e nem ambiental, só o licenciamento levaria no mínimo três anos e em Ponta Grossa nós temos um problema pontual para ser resolvido que é o Botuquara”, afirmou a presidente do Comdema.