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Os esforços de PG para inibir o combustível adulterado

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Operações conjuntas para combater irregularidades do setor de combustíveis, em Ponta Grossa, precisam ser rotineiras, incisivas e determinantes para a proteção do consumidor. O Procon e a Polícia Científica constataram, na ação de terça-feira (7), a venda de gasolina adulterada em um posto localizado no perímetro urbano. Essa descoberta enseja um trabalho contínuo de fiscalização, para inibir o comércio predador. 

O combate à adulteração deve ser realizado com base nas características de Ponta Grossa. É o município brasileiro com um dos principais entroncamentos rodoviários da América do Sul, é cortada por importantes corredores de riquezas como as BRs 373 e 376, além da PR-151, é caminho do Porto de Paranaguá e concentra um dos maiores polos industriais do Paraná. E o combustível é um elemento importante neste sistema.

O posto foi autuado e as amostras coletadas serão analisadas pela Polícia Científica, que acompanhou todos os procedimentos técnicos da operação. O valor das multas aplicadas pode chegar a R$ 100 mil. Durante a vistoria, os agentes também verificaram que o estabelecimento não possuía galão de teste de quantidade certificado pelo Inmetro — item obrigatório para a verificação do volume dos combustíveis comercializados.

Essa ação, em Ponta Grossa, ocorre praticamente dois meses após a Receita Federal ter deflagrado a “Operação Carbono Oculto”, para desmantelar esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Estão na mira da investigação vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final até os elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos.

As investigações apontam que o sofisticado esquema engendrado pela organização criminosa, ao mesmo tempo que lavava o dinheiro proveniente do crime, obtinha elevados lucros na cadeia produtiva de combustíveis. O uso de centenas de empresas operacionais na fraude permitia dissimular os recursos de origem criminosa. A sonegação fiscal e a adulteração de produtos aumentam os lucros e prejudicam os consumidores.

Fraudes fiscais e adulterações de qualidade e quantidade nos combustíveis geram prejuízos para toda a sociedade. Elas financiam o crime organizado que ameaça o Estado. A recente Operação Carbono Oculto escancarou uma realidade chocante: o crime organizado, incluindo facções como o PCC, está infiltrado em todos os elos do setor de combustíveis do Brasil. Isso representa uma ameaça real ao seu veículo, ao seu bolso e à segurança de todos os cidadãos. Ponta Grossa não pode ser curvar à falsificação e a seus agentes. A sociedade deve denunciar toda irregularidade e exigir um posicionamento firme das autoridades. 

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