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A gravitação silenciosa dos ‘aviõezinhos’ do tráfico em PG

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A importância das operações conjuntas entre as forças de segurança pública, de Ponta Grossa, mostra-se eficiente a partir da análise dos resultados da Operação Tolerância Zero, deflagrada há mais de um mês, com efetiva atenção ao perímetro central. Foram presos 22 adultos e apreendidos oito adolescentes. Soma-se a isso a apreensão de mais de 85 quilos de entorpecentes. Ao todo, foram retirados das prateleiras do tráfico 84,3 quilos de maconha, 1,279 quilos de crack, 214 gramas de cocaína e R$ 5.251,00 em dinheiro.

Matéria produzida pelo Portal aRede e Jornal da Manhã mostra que a operação teve como foco os locais de maior movimentação no Centro, como a Rua Fernandes Pinheiro, o Parque Ambiental, Rua Tenente Hinon Silva, Rua do Rosário, Balduíno Taques, Praça Barão do Rio Branco e o Calçadão. Há muitos anos percebe-se a atuação sistemática de traficantes, que também utilizavam adolescentes como "aviõezinhos". 

É uma sistemática criminosa. Esses jovens cooptados pelos traficantes recebiam a orientação para engolir a droga em eventual abordagem policial. Drogas como o crack e a cocaína, principalmente, podem levar à morte a pessoa que a engole em abundância, quando atingem estômago ou intestino. Dependendo da quantidade ingerida de entorpecentes, nem sempre é possível salvar o paciente, mesmo fazendo a retirada da substância de dentro do organismo por meio de cirurgia.

Os órgãos de segurança empregaram todos os recursos disponíveis para efetivar essa operação. Diversas dessas ações foram registradas por câmeras, e os registros foram fundamentais para as prisões. Em uma das ocorrências, foi possível flagrar uma traficante engolindo pedras de crack durante a aproximação da equipe policial. Após a abordagem, ela induziu o vômito para não perder a droga, evidenciando a estratégia comum do tráfico na região central da cidade. 

O abandono escolar acaba sendo uma das causas que leva o jovem a entrar para a rede do tráfico de drogas, já que a maioria começa a ter contato com o crime a partir dos 12 anos. Eles justificam a saída das salas de aula pela necessidade de uma renda imediata e o grande desinteresse que o âmbito escolar provoca. A desigualdade social, a desestrutura familiar, o envolvimento com drogas, tudo isso pode servir como uma mola propulsora, que impulsiona o jovem para o crime, e que o deixa mais tendente à subversão.

O tráfico não é um problema exclusivo das autoridades policiais. O combate, sim, mas antes deste estágio, da repressão, a sociedade tem um papel importante em impedir que crianças e adolescentes grafitem neste terreno perigoso. 

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