Editorial
Agronegócio dos Campos Gerais impressiona pela efetividade
Da Redação | 13 de março de 2025 - 00:00

O agronegócio da região dos Campos Gerais, ano a ano, impressiona por toda a sua qualidade e efetividade. Conforme divulgado na edição dessa quarta-feira (12) do Jornal da Manhã, os municípios da região estão registrando recordes na produção do milho no âmbito da produtividade, que está girando na casa de 11 mil quilos por hectare, e um valor praticamente igual ao recorde no feijão, na casa dos 2,4 mil quilos por hectare. Isso significa que os produtores estão conseguindo retirar mais grãos por metro quadrado em suas áreas.
Obviamente que há uma série de fatores para serem levados em conta, especialmente o clima. Mas toda a expertise, de décadas de desenvolvimento do agronegócio na região, com o apoio do cooperativismo, e os investimentos realizados, tanto pela iniciativa privada quanto pelos produtores rurais, se refletem em um altíssimo potencial na colheita de grãos.
A começar que a região é o berço plantio direto na palha no Brasil, que aumenta a matéria orgânica no solo e reduz a erosão, trazendo melhores resultados para a agricultura. A isso, se soma as décadas de desenvolvimento de cultivares mais resistentes e efetivas, com melhor rendimento e maior resistência, reduzindo a aplicação de defensivos. Além disso, os produtores da região realizam muitos investimentos, em tecnologias, em maquinários, para sempre ter os melhores resultados.
Outra alternativa que está crescendo nos últimos anos junto aos agricultores é a bioativação do solo, que aumenta a vida na microbiota, tornando a terra mais fértil de forma natural, também tornando os cultivares mais resistentes a climas mais secos, pelo solo manter a umidade e o material orgânico por mais tempo.
É claro que todo o conhecimento humano, dos especialistas, também fazem uma diferença gigante. Esses profissionais dão as dicas essenciais do que fazer, quando fazer, como adotar certas práticas, transferindo esse conhecimento. Muitos desses profissionais são de cooperativas, que também tem toda a sua equipe técnica que permitem as melhores condições possíveis aos produtores.
Entretanto, como mencionado no início do segundo parágrafo, não adianta ter as melhores sementes, a melhor preparação de solo, o melhor manejo, os mais acertados produtos, os melhores técnicos, as maiores tecnologias, se o clima não ajudar. Pode ser que o talhão esteja prestes a alcançar uma produtividade espetacular, mas o excesso de chuvas, com temporal, ou uma seca extrema prolongada, podem trazer grande redução nesse rendimento.
Nessa safra, as condições climáticas foram favoráveis, mas mesmo assim é de se exaltar, pois todo esse rendimento é superior às médias do Paraná e do Brasil, mostrando que a região está sempre à frente, na vanguarda, como referência no agronegócio.