Editorial
PG não pode ficar sem voos e o aeroporto precisa crescer
Da Redação | 07 de fevereiro de 2025 - 00:13

Um verdadeiro “batalhão de choque” defendeu os interesses de Ponta Grossa na reunião ocorrida ontem (6), na Secretaria de Estado de Logística e Infraestrutura, quando foi discutida a decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender os voos no Aeroporto San’Ana, a partir do próximo mês. Lideranças e entidades convergiram para os interesses do Município, discutiram estratégias e medidas, e se posicionaram a favor de buscar uma pacificação do tema com a própria companhia.
De fato, Ponta Grossa herdará um retrocesso e contabilizará um travamento no desenvolvimento socioeconômico se, efetivamente, a empresa cancelar os voos. Dentre os benefícios para a região dos Campos Gerais, destacam-se a ampliação das relações comerciais, aumento das atividades de turismo, lazer e cultura, vantagem competitiva regional, desenvolvimento de empregos, além da melhoria na relação e transporte de mercadorias com outras regiões.
A Azul alega prejuízos com a manutenção da rota aérea Ponta Grossa/Campinas, justiçando alto custo operacional e baixo número de passageiros. A partir deste argumento, as lideranças e entidades ponta-grossenses precisam identificar as causas que desestimularam as pessoas a não procurar o serviço. Neste cenário de preocupação e de alerta, buscar alternativas para a ampliação da pista do aeroporto é uma questão sabia, e necessária.
A reunião terminou com um compromisso de seguir com os estudos e discussões sobre a viabilidade das propostas. Uma nova reunião será agendada para dar continuidade aos encaminhamentos, visando definir uma solução concreta para a manutenção e a melhoria da infraestrutura do aeroporto. A cidade de Ponta Grossa,, com grande importância para o setor logístico do estado, não pode permitir que o aeroporto se torne um obstáculo para seu crescimento.
Até hoje as companhias enquadradas no Programa Paraná Competitivo atualmente recebem um tratamento diferenciado no recolhimento do ICMS que incide sobre o querosene de aviação civil promovidas por distribuidoras de combustível, com uma redução da alíquota de 19,5% para até 7%. Essa medida, aplicada ao combustível utilizado em voos comerciais de passageiros e para prestação de serviços no transporte área de cargas, visa tornar o estado mais competitivo e atrair novos investimentos para o setor.
Além disso, o Paraná não cobra ICMS de operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), bem como para importação de aeronaves, bens, máquinas, equipamentos, partes, peças, componentes aeronáuticos.