Editorial
O Fenata representa muito bem Ponta Grossa
Da Redação | 11 de novembro de 2022 - 00:35
Se existe um evento com a magnitude de expor positivamente
Ponta Grossa, ao Brasil, é o Festival Nacional de Teatro Amador, o Fenata. As
peças teatrais e seus atores contagiam os ponta-grossenses com muita alegria. Esta
sinergia move tanto o mercado cultural como a roda da economia do Município..
Realizado desde 1973, o Festival faz parte do calendário oficial da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e acontece sempre no mês de novembro, apresentando as diferentes categorias: teatro para adultos, teatro para crianças, teatro de rua, teatro de bonecos/animação, mostra paralela e mostra especial, levando o fazer teatral a diversos espaços de Ponta Grossa e região. Participam grupos de teatro da cidade, bem como dos diversos estados da federação. Palco de grandes peças, que já contou com presenças de nomes consagrados, o festival concebe-se como um espaço de cultura e de debate na área de artes cênicas, integrando a produção local à nacional e promovendo o fortalecimento de linguagens e o olhar crítico sobre a produção contemporânea.
A história do teatro e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se misturam. Neste ano, o festival completa 50 edições. Para comemorar o aniversário, público, artistas, produtores e trabalhadores d relembram a história e a trajetória que transformaram o evento num dos mais antigos e respeitados do país.
Historiadores relatam que em 7 de novembro de 1973 a primeira edição do Fenata começava em clima de euforia. Foi a data em que a instituição passou a ser reconhecida, oficialmente, como uma universidade pública brasileira. O idealizador do festival foi o teatrólogo Telmo Faria (José de Faria Moritz), o qual foi também diretor das primeiras edições. Mercê dos seus contatos e amizades com grandes expoentes do teatro brasileiro, vieram para as primeiras edições nomes de expressão nacional para compor o júri, que colocaram Ponta Grossa no cenário teatral brasileiro. A presença dessa constelação ajudou a atraír para o Festival grupos de todo o Brasil, dando-lhe a respeitabilidade que mantém até hoje.
O Fenata surgiu com propósito acadêmico, mas também político e cultural, em pleno regime militar, conforme lembra o diretor-geral do Museu Campos Gerais, Niltonci Batista Chaves. Segundo ele, o Festival, desde seu nascimento, se configura como um espaço de resistência, a partir da arte.
Neste ano, a edição conta com 84 apresentações, sendo 26 abertas ao público e 58 em escolas e instituições. O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex), começou dia 8 e segue até dia 13 de novembro.