Editorial
Escola segura não pode ter assédio ou abusos
Da Redação | 19 de maio de 2022 - 01:22
Pelo menos três denúncias de assédio sexual foram registradas em escolas estaduais de Ponta Grossa, no início deste ano. Outros casos do mesmo gênero ocorreram. O resultado das investigações realizadas pelo Núcleo de Educação é desconhecido até o momento. Ninguém sabe se os acusados foram inocentados ou punidos com medidas administrativas.
Para mudar essa realidade de impunidade e insegurança, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) adotou uma série de medidas para agilizar o processo de apuração de denúncias de assédio sexual nas escolas e acelerar possíveis afastamentos.Essas providências reforçam o propósito da Seed e do Governo do Estado de tornar as escolas mais seguras para todas e todos.
Agora, dentro das primeiras 24 horas após o recebimento de uma denúncia, é possível afastar preventivamente o funcionário ou funcionária enquanto os fatos são apurados. Também dentro desse prazo, uma equipe do Núcleo Regional de Educação fará o levantamento das evidências e notificará a Seed. Com as informações em mãos, o processo de sindicância ou o processo administrativo disciplinar, dependendo da gravidade do caso, começará.
É importante lembrar que essas ações só terão resultados se a própria comunidade estudantil colaborar. Desvios de condutas de professores e de funcionários de escolas não podem ser acobertados. Pelo contrário: precisam de rigor no combate. Se a escola ou o diretor não tomar providências, a sugestão é encaminhar o fato diretamente às autoridades policiais da cidade.
Ao receber uma denúncia, a escola tem obrigação de informar aos demais órgãos de proteção, como o Conselho Tutelar, para que eles tomem as providências necessárias. A sindicância ou o processo administrativo disciplinar vão tramitar sob regime de urgência, respeitando os prazos legais.
Escola segura também é escola sem abuso, sem assédio. Não importa a posição de poder do envolvido ou da envolvida. Quem assedia não tem espaço na educação. As palavras são do secretário Renato Feder. Quem desrespeitar as normas, terá o tratamento que merece.