Editorial
Restrição ao coronavírus
Fernando Rogala | 27 de fevereiro de 2021 - 00:08
Nesta
sexta-feira (26), as medidas de enfrentamento ao coronavírus foram endurecidas
no Estado do Paraná. Pela manhã, o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o
secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, concederam uma entrevista coletiva
para anunciar as novas medidas e informar sobre o novo decreto que foi
publicado, que vale a partir de 0h deste sábado (27). Em Ponta Grossa, a mesma
tendência foi seguida e novas medidas, mais restritivas, foram anunciadas pela
Prefeitura.
Medidas
extremas como essas são impopulares. Não são boas para ninguém. Mas para o
momento, pelas condições que se encontra o sistema de saúde do Estado, é algo
necessário. A nova cepa está disseminando o vírus de forma muito mais rápida. O
próprio governador afirmou, na coletiva, que o Paraná vive um momento de
‘descontrole da transmissão’ do vírus. Isso é terrível.
Os
leitos de UTI e enfermaria já estão escassos no Paraná, os hospitais estão
superlotados, e mesmo os 258 novos leitos anunciados, com 99 UTIs em todo
Estado, poderão ser pouco pela explosão de novos casos que pode ocorrer nos
próximos dias. As medidas anunciadas hoje terão reflexo apenas dentro de alguns
dias: todas as transmissões que ocorreram desde o último fim de semana começam
a aparecer pelos próximos dias, o que significa que termos tempos difíceis
pelas próximas semanas.
As
medidas restritivas vão frear a contaminação, seja para evitar aglomerações,
seja em estabelecimentos comerciais, bares, ou mesmo em ônibus, de pessoas
(funcionários e consumidores) que circulam para o Centro. Além disso, as
medidas contribuem para reduzir o número de pessoas em hospitais e em UTIs de
leitos normais, de modo que o hospital tenha mais estrutura, seja física ou de
profissionais, para atender os infectados pela covid.
Porém,
como o próprio governador disse, neste momento, mais do que ‘conscientização’
por parte da população, é preciso ‘sensibilidade’. É preciso ter empatia,
compaixão, pois agora, o melhor a se fazer é cuidar-se de si e do próximo. Só
assim será possível ter um controle um pouco maior para superar este momento,
até que a vacina imunize a maior parte da população, e seja obtida a
‘imunização de rebanho’.